Sempre que um jovem, ou adolescente, tem atos de agressão tanto física, quanto verbal, de maneira repetida, é fundamental que se esteja alerta, enquanto pais, ou educadores. Tal agressividade é um sintoma claro de algum quadro mais profundo, acerca de questões ligadas ao emocional, seja algum desvio na condução da educação, em casa, sejam conflitos de ordem íntima, para os quais, a violência acaba sendo a única via de escape, e, por isso, esses jovens acabam precisando demasiadamente de ajuda.

É importante ressaltar a função de sentimentos mais violentos, para qualquer pessoa. Essas emoções acabam sendo um modo de externar tanto sentimentos, quanto desejos mais íntimos. Embora não seja a forma, dita, correta, é a forma possível, para um momento de profunda angústia, de fracasso, que podem gerar um quadro de depressão – lembrando, sempre que tais situações são bastante comuns na fase da adolescência, seja pelas mudanças hormonais, ou pela aproximação da fase adulta.

Portanto, é necessário que o educador, ou a equipe que cuida daquele caso, ter um olhar muito cauteloso em relação àquele indivíduo, porque, em muitas situações, a ira, ou a violência pode ser a única maneira que aquele jovem conhece para se relacionar com o mundo, seja porque veio de um lar abusivo, seja por falta de limites, resultante de uma educação permissiva.

Inclusive, essa falta de regras é uma das maiores causas dos comportamentos mais agressivos. Essa relação pode ser estabelecida, uma vez que o jovem começa a perceber que seus atos não têm qualquer consequência, em termos de punição; assim, acabam desenvolvendo uma personalidade fortemente ancorada em arrogância e se tornando uma pessoa opressiva, em relação ao grupo. Mesmo porque, qualquer pessoa que se perceba atingindo um objetivo, através de gritos ou da força, tende a reprisar esse comportamento, podendo se cristalizar até se tornar um padrão emocional, muito mais difícil de desconstruir, além de ser uma marca em sua vida adulta.

O estresse, em geral, é um grande motivador da agressividade nos jovens. A grande questão, para essa faixa etária, é que tudo parece cooperar para o estresse, pois são muitas as mudanças pelas quais o indivíduo passa.

Falecimentos de familiares, amigos e de alguém com quem se identificava afetivamente também pode propiciar uma manifestação de agressividade mais constante, como uma reação a essas e outras situações traumáticas.

Como lidar com a falta de educação dos jovens

Como ajudar os jovens?

Para ajudar a qualquer jovem que seja agressivo, a primeira atitude que deve ser tomada é a de tentar se aproximar dele, tentando conhecê-lo mais e manifestar compreensão e acolhimento. Afinal, um problema só pode ser superado quando tomamos consciência de que existe. Manutenção de vínculo e de diálogo também são elementos muito importantes para que o adolescente se liberte desses sentimentos de agressividade. Isso se justifica pelo fato de que a conversa pode fazer com que o jovem reflita sobre como tem conduzido suas atitudes e, consequentemente, manifeste um desejo genuíno de mudança.

Os padrões, sobretudo os que ocorrem em casa, podem levar o adolescente à uma imitação, por acreditar ser o correto. Por isso, os pais devem ter muito cuidado ao discutir com os filhos, dando exemplo de como conviver em sociedade. Assim, cremos que o adolescente crescerá em um ambiente positivo e – salvo exceções de casos de desvios comportamentais – dificilmente se tornará um adulto agressivo, mas sim, será alguém que optará, na maior parte das vezes, por uma saída pacífica frente a seus problemas.