Outros poetas da 2ª Geração. JUNQUEIRA FREIRE
NASCIMENTO E MORTE Luís José Junqueira Freire nasceu em Salvador, Bahia, em 31 de dezembro de 1832, onde faleceu em 24 de junho de 1855.

ORDEM BENEDITINA – De frágil constituição, após estudos irregulares das primeiras letras, matriculou-se no Liceu Provincial, de onde saiu para ingressar na ordem Beneditina.

DECEPÇÃO RELIGIOSA – Em 1854, depois de um ano de sacerdócio, abandonou o hábito, voltando para a casa paterna. Passou a dedicar-se à elaboração de sua obra poética. Faleceu no ano seguinte, deixando apenas dois livros.

DRAMAS INTERIORES – Nessa vida brevíssima, os acontecimentos são todos interiores: a infelicidade na vida familiar, as ilusões sobre a vocação monástica, as dúvidas e as angústias.

CÉU x INFERNO – É comum, nos poemas de Junqueira Freire, a confusão entre o sagrado e o profano. E para um monge beneditino, é estranho que, de vez em quando, queira morrer e ir para o inferno. 

POEMAS FAMOSOS: 

1. Morte
2. Desejo
OBRAS:

1. Inspirações do Claustro (poesias, 1855) 

2. Contradições Poéticas (poesias, ?) 

CASIMIRO DE ABREU (1839, Barra de São João, RJ; 1860, Nova Friburgo, RJ). 

NASCIMENTO E MORTE – Casimiro José Marques de Abreu nasceu na Barra de São João, Rio de Janeiro, em 4 de janeiro de 1839, onde morreu, vitimado pela tuberculose, em 18 de outubro de 1860.

COMERCIANTE – Por imposição do pai, não se fez bacharel; fez-se comerciante.

SIMPLICIDADE E INGENUIDADE – Um dos poetas mais apreciados de nossa literatura, graças à simplicidade e à ingenuidade.
ÚNICA OBRA – Produziu um único livro de poemas: Primaveras (poesias, 1859).

SAUDADE – Quase todos os seus poemas convergem para um único tema: saudade (da infância, da família ou da pátria). 

POEMAS FAMOSOS: 

1. Meus Oito Anos
2. Canção do Exílio
3. Amor e Medo
4. Minha alma é Triste

FAGUNDES VARELA (1841, Fazenda Sta. Rita, Rio Claro, RJ; 1875, Niterói,RJ). 

NASCIMENTO E MORTE – Luís Nicolau Fagundes Varela nasceu na Fazenda Santa Rita, município de Rio Claro, Rio de Janeiro, em 17 de agosto de 1841. Morreu em Niterói, em 1875. 

Passou a infância em vários lugares: Catalão (Goiás), Angra dos Reis, Petrópolis e Niterói. 

DIREITO E BOÊMIA – Aos dezoito anos, ingressou na Faculdade de Direito de São Paulo. Preferiu, entretanto, a vida boêmia aos estudos. 

ALICE – Em 1862, conheceu Alice, uma artista de circo. Casou-se com ela e, no ano seguinte, nasceu-lhe o filho Emiliano. Varela fez, então, de Emiliano o seu motivo de vida correta: deixou a boêmia, voltou aos estudos e ameaçou trabalhar. Infelizmente, o filho morreu aos seis meses de idade, inspirando-lhe o célebre poema Cântico do Calvário.

MORTE DE ALICE – Em 1865, foi estudar Direito em Recife. A morte da esposa, todavia, fez que retornasse a São Paulo. 

Varela destaca-se pela poesia com cheiro de campo e de exaltação da natureza. 

Após a morte do filho, deixou-se levar pela decadência física, pelo alcoolismo e pela inadaptação social. 

Fez uma poesia variada, densa, aproximando-se ora do byronianismo de Álvares de Azevedo, ora da ingenuidade de Casimiro de Abreu.

POEMAS FAMOSOS: 

1. Cântico do Calvário (elegia em versos brancos em Cantos e Fantasias)
2. A Flor de Maracujá

OBRAS 

1. Noturnas – 1861, poesia
2. O Estandarte Auriverde – 1863, poesia
3. Vozes da América – 1864, poesia
4. Cantos e Fantasias – 1865, poesia, obra máxima do autor
5. Cantos do Ermo e da Cidade – 1869, poesia
6. Anchieta ou O Evangelho nas Selvas – 1875 -poema em dez cantos
7. Cantos Meridionais – 1869, poesia
8. Cantos Religiosos – 1878, poesia