Um dos momentos mais importantes e marcantes da História recente do Brasil, o impeachment de Dilma Rousseff se deu em virtude de acusações de desrespeito à lei de improbidade administrativa e à lei orçamentária.

Além disto, houve também suspeita de envolvimento em atos de corrupção na estatal Petrobrás, que surgiu por conta da investigação da Operação Lava Jato, conduzida pela Polícia Federal.

Nas próximas linhas vamos ver um resumo do que foi este processo e como ele foi conduzido, para que seu entendimento sobre a questão seja mais claro e também mais isento.

O início

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Por meio de uma denúncia apresentada pelo procurador de justiça aposentado Hélio Bicudo e pelos advogados Miguel Reale Júnior e Janaina Paschoal, o processo de impeachment teve início em 2 de dezembro de 2015.

O então Presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha aceitou a denúncia, e a partir disto foi formada uma comissão especial na Câmara dos Deputados para decidir se o processo era admissível.

Houve, primeiramente, os depoimentos dos autores do pedido, que foram feitos diante desta comissão da Câmara dos Deputados, e depois houve espaço para a apresentação da defesa por parte de Dilma Rousseff.

Manifestações de rua contra e a favor do processo

O Brasil fervilhou durante o período, e chamou muita atenção a grande quantidade de manifestações ocorridas durante o transcorrer do processo de impeachment.

De um lado uma grande quantidade de pessoas se manifestava a favor do processo de impeachment, enquanto que de outro, uma grande quantidade de pessoas se colocava contra.

Aprovação

Depois da apreciação, o relatório final da comissão da Câmara dos Deputados foi favorável ao processo de impeachment: 38 a favor e 27 contra.

No dia 17 de abril de 2016, no plenário da Câmara dos Deputados, nada menos do que 367 deputados votaram a favor do andamento do processo de impeachment, sendo que apenas 137 votaram contra.

Enviado para o Senado, o parecer favorável foi analisado pela comissão desta casa, que aprovou sua admissibilidade por 15 votos a 5, sendo que em 12 de maio foi aprovado em votação pelos senadores, com 55 votos a favor e apenas 22 contra.

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Afastamento e queda

Após a aprovação na Câmara dos Deputados e também no Senado, a presidente Dilma Rousseff foi afastada do cargo até que todo o processo de impeachment fosse concluído.

Com isto, a queda da presidente já era dada como certa por parte da mídia e por analistas políticos, e também a cúpula do próprio PT (Partido dos Trabalhadores) já dava como certa a derrota no processo.

Pois após três meses de tramitação do processo iniciado no Senado, com a votação definitiva no plenário, com 61 votos a favor do impeachment e 20 contra, no dia 31 de agosto de 2016 a presidente Dilma Rousseff perdeu o cargo de Presidente da República.

Em seu lugar assumiu o seu vice, Michel Temer, do PMDB, e Dilma Rousseff acabou entrando para a História do Brasil como o segundo Presidente da República a perder o cargo num processo de impeachment (o primeiro foi Fernando Collor de Mello em 1992).