15 de março de 2015 foi um marco para a democracia brasileira por si só, afinal de contas, reunir nada menos do que 1 milhão de pessoas somente na Avenida Paulista, (sem contar os milhares que participaram em outras cidades) já é algo histórico.

No entanto, o que de fato foi aguardado com ansiedade pela nação depois das manifestações contra o governo Dilma e contra a corrupção foi o pronunciamento da própria presidente Dilma Rousseff.

Este pronunciamento foi feito na tarde de segunda-feira, dia 16 de março de 2015, o dia seguinte às manifestações, e simplesmente foi o que muitos que desacreditaram os movimentos contra Dilma pregavam: mais do mesmo.

Para Dilma, o país está mais forte!

Dilma faz pronunciamento oficial sobre a manifestação

Uma das frases mais emblemáticas do discurso da presidente Dilma em seu pronunciamento pós manifestações dizia o seguinte: “Este país está mais forte do que nunca”.

Para muitos, a presidente Dilma Rousseff simplesmente vive em outro planeta, já que foi justamente por conta do país estar dando mostras claras de que não está tão forte assim, que mais de um milhão e meio de pessoas foram às ruas no último dia 15 de março.

No entanto, o que mais chamou a atenção de todos, inclusive dos que defendem a presidente, foi o fato de que seu discurso pós manifestações versão 2015 ser praticamente idêntico à versão 2013.

Dilma disse estar aberta ao diálogo, mesmo que não diga de modo claro (exatamente como fez em 2013) como e em que termos se dará este diálogo, e assim como em 2013, também clamou pela reforma política, mas mais uma vez, sem dar mostras claras de que fará algo de fato.

A crise econômica

Dilma pronunciamento oficial sobre a manifestação

No entanto, foi na parte que diz respeito à crise econômica, que Dilma Rousseff pareceu conseguir, ao menos, mostrar mais clareza em suas ideias, tentando justificar medidas importantes tomadas para conter o avanço da crise.

Ela fez questão de afirmar que desde o final do segundo mandato do presidente Lula, medidas têm sido tomadas sistematicamente para fazer com que os abalos da chamada crise econômica internacional fossem os menores possíveis dentro da economia do Brasil.

No entanto, para muitos críticos, a fala da presidente guardou uma semelhança tão grande com a fala feita por ela logo após as manifestações de 2013, que pouco ou quase nada de efetivo deve ser aguardado para os próximos meses, a menos que algum evento novo possa ocorrer, talvez vindo das ruas.