Depois que o Boko Haram começou uma onda de ataques terroristas e massacrou aldeias inteiras nos últimos meses, a situação política na Nigéria passou a preocupar a comunidade internacional, que passou a temer que uma guerra civil tivesse início.

As eleições para presidente tiveram início no último sábado, e a população teve de enfrentar despreparo das autoridades, falhas de organização e a já citada violência do grupo terrorista Boko Haram.

Com isto, as eleições acabaram sendo adiadas em muitos lugares, fazendo com que muitos eleitores só conseguissem chegar às urnas no dia seguinte, o que também levou a um atraso na contagem dos votos. Vamos entender!

Um pleito democrático

Como estão as eleições na Nigéria

Apesar dos muitos problemas que acabaram por atrapalhar as eleições presidenciais nigerianas como um todo, para a União Africana e para a comunidade internacional, o pleito para a escolha de um novo presidente para o país foi democrático.

Além do novo presidente, os aproximadamente 69 milhões de nigerianos que compareceram às urnas para votar também escolheram 109 senadores e 360 deputados.

Mesmo com tantas dificuldades, houve motivos para comemorar, já que esta foi a primeira eleição nigeriana onde foram utilizados mecanismos de identificação de impressões digitais para evitar fraudes.

Primeiros resultados

Por conta das falhas e dos problemas enfrentados, os primeiros resultados das eleições da Nigéria só deverão ser divulgados durante esta segunda-feira, segundo informou a Comissão Eleitoral Independente (Inec).

Houve demora na entrega de material técnico, e também ocorreram problemas de funcionamento nos leitores de cartão usados para fazer a biometria dos eleitores, o que acabou por atrasar ainda mais o pleito em diversas regiões.

Mas de um modo geral, apesar da quantidade de problemas e dos ataques do Boko Haram, o pleito nigeriano ocorreu e já pode ser considerado um grande feito por parte das autoridades locais e, especialmente por parte do povo nigeriano.

eleições na Nigéria

15 mortes

O Boko Haram fez de tudo para deslegitimar a eleição nigeriana, e, claro, o método mais usado foi o da violência, que acabou levando à morte nada menos do que 15 pessoas, incluindo um político de oposição.

Mas mesmo com estas 15 mortes, o resultado final será divulgado, e o mundo saberá se o atual presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, do Partido Democrático do Povo (PDP) irá conseguir um segundo mandato ou se ele perderá para o general reformado Muhammadu Buhari, do CPC, que já disputa sua quarta eleição.