01Muitas pessoas reclamam que não gostam das diversas regras gramaticais existentes na língua portuguesa. Chegam a comparar nossa gramática com a de outros idiomas e, com certa razão, criticam a existência de tantas regrinhas que dificultam a aprendizagem mas não necessariamente deixam a língua portuguesa mais rica e estilosa. E você, o que acha? É um capricho dos nossos gramáticos ou precisamos mesmo manter as regras como estão?

Outro aspecto importante a ser discutido nesta questão diz respeito ao poder da leitura na transformação deste impasse: será que efetivamente o brasileiro gosta de ler? Somos bons leitores? Se fossemos, teríamos menos dificuldade com as tais regras, pois estaríamos familiarizados com a escrita. A leitura não precisa necessariamente ser imposta por clássicos da literatura. O indivíduo pode ter suas preferências, gostar de romances, livros de suspense, pode preferir até mesmo a leitura bíblica. O importante é que as pessoas não descartem o hábito da leitura.

Hoje falaremos do uso do J, mas antes vamos refrescar a sua memória com algumas palavras que podem levar ao som do “J”, mas na verdade são escritas com “G”.

Majestades, ferrugens, viagens são alguns dos vocábulos que surgem em nosso imaginário. Vamos entender um pouco mais sobre este universo?

USO DO G

O G é usado nos seguintes casos:

Substantivo terminado em agem, -igem e –ugem.

Confira: garagem, vertigem, viagem, ferrugem e fuligem.

Palavra terminada em: -ágio, -égio, -ígio, -ígio, -ógio e –úgio.
Observe: pedágio, sacrilégio, prodígio, vestígio, relógioe refúgio.

Outros casos semelhantes: apogeu, gengiva, monge, geada e laringe.

E O J?

2Forma verbal terminada em jar:

Relampejar, viajar, trovejar, enferrujar, esbravejar.

Em vocábulos originados do tupi, africano, árabe ou ainda, exótico: canjica, manjericão
Jiboia, jerico.

Em vocábulo que derive de outra palavra também grafada com “j”.
É o caso de:
cerveja – cervejaria
laranja – laranjeira
loja – lojista, lojinha…

Ou ainda: jumento, majestade, jiló, hoje, laje e jeito.