1Os conflitos relacionados aos tratados com a Inglaterra mantiveram o Brasil em alerta desde 1810 quando foram assinados os primeiros acordos entre D. João e os ingleses. Os mais polêmicos ajustes de negociação foram o do Comércio e Navegação, seguidos do acordo da Amizade e da Aliança. Esses últimos mantinham os ingleses com poder sobre a economia brasileira.

Em 1826, com o intuito de fazer com que a independência fosse reconhecida, D. Pedro I se rendeu aos caprichos e interesses da Inglaterra. Tal decisão fez com que a taxa de preferência fosse renovada em 15% sobre cada produto inglês ao longo dos 15 anos seguintes. O fim do tráfico negreiro também foi colocado em acordo. Só em 1827, com pressão dos ingleses, o acordo foi modificado e o Brasil estabeleceu mais três anos para dar fim ao tráfico.

A partir daí, D. Pedro I percebeu o quanto suas decisões eram frágeis diante da supremacia britânica. Acabar com o mercado escravista era atingir os aristocratas brasileiros e tal situação se mostrou complexa para o monarca. Em função disso, uma Assembleia Geral foi montada para que não houvesse privilégios em relação a outros países. Tal manobra inglesa tirou de cena a Áustria, Estados Unidos e França.

Em 1828 D. Pedro tentou ajustar os processos e buscou a adoção de medidas mais nacionalistas com a união de processos alfandegários. Assim, todo e qualquer produto vindo de qualquer parte do mundo teria tarifa de 15% ao chegar no solo brasileiro.

Com a baixa na tarifa aduaneira, o livre-cambismo foi instalado e as arrecadações sofreram baixas. A balança comercial do Brasil amargou tempos difíceis o que contribuiu para o enfraquecimento do governo de D. Pedro I.