No último dia 21 de março foi anunciado mais um procedimento considerado como histórico dentro da história da medicina. Foi feito o primeiro transplante de um rim de porco, que foi geneticamente modificado, para um paciente humano vivo. Apesar de ter sido feito nos Estados Unidos, o procedimento foi liberado por um médico brasileiro chamado Leonardo Riella.

Entenda como foi o 1º transplante de um rim de porco para um humano

O procedimento foi considerado um grande sucesso, sendo que anteriormente algo parecido já tinha sido feito, mas com um paciente que tinha tido morte cerebral declarada, como parte da pesquisa para viabilizar o transplante em pacientes vivos.

“Toda semana, temos que retirar pacientes da lista de espera porque ficam muito doentes para fazer um transplante durante a diálise. A disponibilidade oportuna de um rim poderia dar a oportunidade a milhares de pessoas de obter um tratamento muito melhor para a insuficiência renal do que a diálise.”, explicou Leonardo Riella, o médico brasileiro que liderou o transplante.

Entenda como foi o 1º transplante de um rim de porco para um humano

Para viabilizar o transplante e evitar a rejeição do corpo humano diante de um órgão animal, foram feitas alterações genéticas para remover os genes suínos que prejudicavam a resposta do corpo humano, ao mesmo tempo que a modificação também acrescenta alguns genes humanos.  A pesquisa que culminou no transplante feito no último dia 21 durou cerca de cinco anos.

O paciente que recebeu o rim foi Richard “Rick” Slayman, um homem negro de 62 anos com doença renal em estágio avançado. Ele é diagnosticado com diabetes do tipo 2 e hipertensão, já tendo feito mais de 7 anos de diálise. Em 2018, ele chegou a receber o receber um transplante de um rim de outra pessoa, mas o órgão parou de funcionar cinco anos depois e, desde então, ele voltou a depender de diálise.

Agora o paciente vai continuar sendo monitorado de perto para acompanhar o comportamento do órgão no seu corpo. Caso não tenha nenhum problema, ele vai conseguir receber alta e voltar para casa, para levar uma vida mais próxima do normal.