No ano de 1966 experimentaria a emoção de ter seu primeiro LP gravado pela Fermata, um LP instrumental:O Violão do Toquinho. Assina contrato com a Excelsior para o programa “Ensaio Geral”, comandado por Gilberto Gil, e depois participa dos grandes musicais da TV Record e de seus importantes Festivais da Canção Popular.

Em 1968, compôs com Paulo Vanzolini a canção “Na boca da noite”, que, interpretada por Ivete e o conjunto vocal Canto 4, ficou em 8º lugar na fase nacional do 3º Festival Internacional da Canção Popular.
Em maio de 1969 Toquinho viaja para a Itália e acaba permanecendo por mais de 6 meses ao lado do amigo Chico Buarque.

Ao longo desse período, entre tantas apresentações nos mais inusitados locais da península, desde castelos medievais até cantinas suburbanas, conseguem realizar uma temporada de 45 shows por toda a Itália. Faziam a 2ª parte de um espetáculo que tinha como estrela principal a famosa Josephine Baker.
Regressando ao Brasil, gravou, no início de 1970, seu 2º LP pela RGE, no qual consta seu primeiro grande sucesso, de parceria com Jorge BenJor: “Que maravilha”.

Durante sua permanência na Itália, em 1969, Toquinho deixara a qualidade de seu violão registrada no LP La Vita, Amico, É LArte DellIncontro, com a participação do poeta italiano Giuseppe Ungaretti dizendo poesias e de Sergio Endrigo cantando músicas de Vinicius de Moraes, tudo em italiano, numa homenagem ao grande poeta brasileiro. Nesse disco, o violão de Toquinho faz um alinhavo musical entre as poesias e as músicas.

Pois foi baseado nesse trabalho do violonista que Vinicius de Moraes lhe convidou, em junho de 1970, para acompanhá-lo, ao lado de Maria Creuza, numa série de shows na boate La Fusa, em Buenos Aires. Esse encontro profissional entre Vinicius de Moraes e Toquinho se alastraria por 11 anos de uma parceria que encantou o Brasil e o mundo com uma constante produtividade nos mais variados sentidos da música: criaram cerca de 120 canções, gravaram em torno de 25 LPs no Brasil e no exterior, atuaram em mais de 1.000 shows por palcos brasileiros, europeus e latino-americanos. Inauguraram, a partir de 1971, os Circuitos Universitários, apresentando-se em Universidades do norte ao sul do país, e foram os primeiros a produzir trilhas sonoras para novelas de TV.

Momentos dignificantes dessa parceria Toquinho/Vinicius: o LP RGE La Voglia, La Pazzia, LIncoscenza, LAllegria, de 1976, gravado na Itália com a participação de Ornella Vanoni; o show do Canecão, no Rio de Janeiro, em 1977, com Tom, Vinicius, Toquinho e Miúcha, espetáculo que mantém, até hoje, os recordes de público e de duração (7 meses) naquela casa; e o show “Dez Anos de Toquinho e Vinicius”, em 1979.
À margem de sua parceria com Vinicius de Moraes, cultivou Toquinho outros parceiros musicais. Musicou com Gianfrancesco Guarnieri “Castro Alves Pede Passagem”, em 1971 e “Um Grito Parado No Ar” e “Botequim”, em 1973. As músicas dessas três peças foram condensadas no LP RGE, Botequim, lançado em 1973.

Em 1974, lança no Brasil o disco RGE Toquinho na boca da noite, e, em 1976, grava na Itália, pela Cetra, um disco de solos de violão: Toquinho – Il Brasile nella chitarra.
Os anos de 1977 e 1978 foram marcados por dois LPs da Philips: Toquinho Tocando, instrumental, e Toquinho Cantando, tendo como parceiros, neste último, Carlinhos Vergueiro e Belchior. Em 1979, para comemorar os dez anos de parceria com Vinicius, em função do show que faziam, foi lançado o disco Philips Dez Anos de Toquinho e Vinicius.

Em 1980, Toquinho, Francis Hime e Maria Creuza excursionaram pelo Brasil, em mais de 90 apresentações. No final desse mesmo ano, Toquinho apresentou-se em Buenos Aires e em várias cidades da Argentina, além de lançar aquele que viria a ser seu último disco com Vinicius: Um Pouco de Ilusão, pela Ariola.