Teófilo de Antioquia foi teólogo, escritor ligado ao cristianismo e apologista. Atuou como Padre da Igreja e, de acordo com pesquisas, também elegeu-se como sexto bispo de Antioquia, na Síria. Seu reinado teria durado entre 169 e 182 ou 188.

Antioquia nasceu em uma família de pagãos. A cidade era próxima ao rio Eufrates, na região mais distante do Império Romano e já mais aproximada da Pérsia. Quando criança, teve importante formação literária. Nesses estudos, acabou conhecendo a Bíblia e se converteu ao cristianismo.

Não há muitas informações sobre a vida de Antioquia, mas há indícios de que ele teria sido o quinto sucessor de Pedro em solo sírio.

Há relatos, citações e comentários do autor. A escrita apologética, dividida em três partes, acabou sendo direcionada a um amigo chamado Autólico – “Três Livros a Autólico”. A obra defendia os representantes do cristianismo que continuavam a ser perseguidos pelo Império Romano.

Na Antiguidade, Autólico nada mais era do que a encarnação das pessoas pagãs que não eram raras ali no final do século II. Culto, conhecia outros seres cultos e até mesmo cristãos que o consideravam simplista. A escrita elegante de Antioquia era marcada por linguagem clara e bom debate com as críticas. Ele convidava os leitores a serem mais profundos no que diz respeito à fé cristã. Defendeu, com veemência, os ideais e morais da fé cristã.

Obra e principais traços literários

Fez um forte comentário ao livro de Gênesis e montou algumas alegorias. Em seguida, “Comentário aos Evangelhos”, também do autor, acabou se perdendo.
Dentre os autores cristãos, Antioquia foi o primeiro a querer explicar como os livros do Novo Testamento vieram a partir da inspiração dos autores. Ele comparava tais livros à qualidade da antiga escritura. Em termos de doutrina, sempre foi adepto à doutrina trinitária. Apresentou as distinções entre as Pessoas. Ou seja, com diferentes nomes cristãos foi contrário a quem negou a existência de Jesus Cristo.

Expressões como “Logos endiáthetos” – a partir de Antioquia passa a corresponder a “Logos “imanente” ou “eterno” (“imanente”, expressão teológica posterior), significa que está com Deus e em Deus ou Deus-Pai desde a eternidade.

Já o “Logos proforikós”, no seu entender quer dizer “Logos “proferido” ou “emitido” uma espécie de matriz e instrumento da criação bem expresso nos dias iniciais. Foi também o criador do termo “Τριας” – “Trias”, que quer dizer unidade em três diferentes pessoas divinas.