Médico judeu nascido provavelmente em Apulia, sul da hoje Itália, autor do Compendium aromatiorum, Bologna, (1488), editado em tradução castelhana como Compendio de los boticarios, Valladolid (1515), um famoso formulário e livro manuscrito de matéria médica, com fórmulas que vinham da antiguidade clássica greco-romana e contendo prescrições aconselhadas pêlos árabes desde o século XI. Juntamente com Matteo Silvatico tornaram-se os maiores discípulos de Nicolò Salernitano, que se dedicaram ao campo farmacêutico, estudando e experimentando milhares de tipos de ervas nos jardins de Minerva.

Foi médico do príncipe de Taranto, Giovanni Antonio di Balso Orsino, em meados do século XV e provavelmente morreu em Bologna. Seu colega Matteo Silvatico escreveu o famoso Dizionario dei Semplici, a obra de farmacologia mais completa do século XII, enquanto ele escrevia o Compendio degli Aromatari, o mesmo que Compêndio dos boticários, orientado pelo seu mestre, que se tornaria no livro obrigatório do bom farmacêutico por muitos anos no futuro, com inumeráveis edições da versão latina (1515) de Alonso Rodríguez de Tudela. Naquela época aromatário significava o profissional de farmácia ou boticário, comerciante que se dedicava a fabricar e vender compostos que beneficiavam a saúde humana.

Sua obra tinha a intenção didática de atender e ajudar os boticários aspirantes. Para ser considerado aprovado como novo profissional o autor lhes propunha um longo questionário que deveriam responder corretamente, de acordo com o Libro de Messue. Nessa obra também se ocupou de instruir-los em pesos e medidas usados na botica e incluía dodecassílabos mnemônicos sobre os valores dos mesmos. Confeccionou leituários, compostos e conservas, nomes de plantas, sua colheita e preparação medicinal. Na última parte, se incluía uma extensa lista de elementos necessários a uma botica.