Albino de Esmirna
Por Redação
Filósofo grego de tendência sistematizadora, que estudou em Atenas como discípulo de Gaio, com o qual passou a agir em conjunto. Voltando a Esmirna lecionou por dois anos (151-152), foi mestre de Cláudio Galeno (129-201) quando este assistia suas palestras em Esmirna, e escreveu dois notáveis textos: Introdução aos diálogos de Platão, também citado simplesmente como Prólogo de Albino ou Eisagoge, e Epítome, também chamado Didaskalikos, em que expõe suas doutrinas e, além disso, publicou as lições de Gaio. Com uma tendência sistematizadora, classificou os estudos filosóficos em duas categorias: a teórica e a prática. Definiu como teóricas a teologia, a física e a matemática, e práticas a ética, a economia e a política.
Sua teologia discorreu sobre temas e opiniões que teriam desdobramentos no neopolatonismo posterior e nas idéias trinitárias da divindade. Sua idéia trinitária de divindade estava dividida em três deuses, os hipóstases, um como o principal e os outros dois subordinados. Usou as teorias da física de Aristóteles e do estoicismo para explicar a natureza, embora tenha contestado ao estoicismo na afirmação de que somente o corpóreo age, advertindo que, pelo contrário, os corpos são passivos, e que as causas eficientes são incorpóreas, e destacou, ao modo pitagórico, o caráter superior e catártico da matemática. Infelizmente, a história não preservou sua criativa obra que teriam dado crédito integral à sua genial originalidade e seus resumos escolásticos dos estudos platônicos. O nome Alkinoos refere-se à mesma pessoa, tendo a distinção dos nomes ocorrido apenas por uma corruptela de traduções alemãs.