2. Transporte ferroviário 

No Brasil, a primeira ferrovia foi construída pela imperial Companhia de Estradas de Ferro, instituída pelo Visconde de Mauá, fazendo a ligação do Porto de Mauá, na Baía de Guanabara, à Serra da Estrela, no caminho de Petrópolis. 

Posteriormente, outras ferrovias foram criadas no Nordeste, Recôncavo Baiano e em São Paulo, onde favorecia a economia cafeeira (Estradas do café). 

Geralmente, eram construídas ou financiadas por capitais ingleses, que tinham em vista apenas os seus próprios interesses, não providenciando nenhum tipo de planejamento. 

O período entre 1870 e 1920 foi marcado pela “era de ferrovias”, sendo que em cada década havia um crescimento média de 6.000km. 

A partir de 1920, com a chegada do automóvel, as ferrovias iniciaram uma fase de estagnação, só reagindo em 1990, com a privatização do setor. 

Situação Atual 

O Brasil possui 29.899 km de ferrovias para tráfego, resultando numa densidade ferroviária de 3,7 metros por Km2. Se comparado aos EUA (150m/km2) e a Argentina (15m/km2), a rede ferroviária do Brasil é considerada pequena. 

Além disso, são mal distribuídas mal localizadas. A maior parte das ferrovias do Brasil estão situadas em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Os principais fatores que dificultam o desenvolvimento das ferrovias no Brasil são: 

– Material rodante deficiente;
– Pessoal ineficiente;
– Diferença de bitolas;
– Tipos de relevo;
– Concorrência das rodovias;
– Alto custo de instalação;
– Escassez de combustível. 

Considerando esses fatores, podemos dizer que a rede ferroviária do Brasil apresenta déficits, com exceção das linhas: Santos-Jundiaí, Vitória-Minas, Sorocaba, Central do Brasil e Teresa Cristina. 

Algumas medidas governamentais foram tomadas a fim de resolver os problemas do transporte ferroviário, tais como: 

– eliminação de estradas deficientes;
– reorganização da administração;
– reaparelhamento das ferrovias;
– substituição das locomotivas a vapor por outras de maior rendimento (diesel e elétrica);
– desestatização. 

Mesmo com essas atitudes, ainda falta muito para o país atingir o plano ideal, condizente com a necessidade da nossa economia.