Qual a contribuição do Segundo Império Babilônico?
Por Mariana Sousa
O processo de formação do Segundo Império Babilônico está datado no período de 612 a.C. Nesse momento, o povo caldeu havia derrotado o civilização assíria e toda a área da Babilônia estava sob domínio caldelense. Ainda nesse intervalo, a morte do rei assírio Assurbanipal (690-627 a.C.) levou Nabopolossar (625-605 a.C.) a ser governante dos povos babilônios. Uma de suas ações foi a reafirmação das alianças com o povo persa e medo, o que invariavelmente representou uma simbólica derrota dos assírios.
Mesmo que o Segundo Império Babilônico tenha se perpetuado por um período que não se perpassou sequer por um século, o herdeiro de Nabopolossar, conhecido como Nabucodonosor (605-563 a.C.), acabou transformando a Babilônia em um importante centro arquitetônico e cultural. Com isso, houve um forte domínio de toda a Jerusalém, o que aprisionou nobres e rei da cidade Babilônia. Esse episódio ficou marcado como “Cativeiro da Babilônia” e passou a ser descrito inclusive no antigo testamento da Bíblia, que conta como o povo judeu foi dominado por quem era babilônico.
Os primeiros locais que o povo caldeu exerceu domínio após derrotar os assírios foram Assur e Nínive, essa última inclusive possuía a mais ampla biblioteca do período Antigo. Nesse momento de expansão territorial da Babilônia, ficou evidente que o fato de Nabucodonosor ampliar suas riquezas o permitiu realizar muitas obras gigantescas. O maior exemplo? A nossa conhecida personagem chamada de Torre de Babel, os Jardins Suspensos e tantos outros memoriais que o povo ocidental ainda desconhece.
Reza a lenda que Nabucodonosor sempre teve muito receio e se esforçava para criar uma cidade que, de longe, mostrasse todo o seu esplendor. Era uma necessidade imperiosa de ostentar poder. Daí a urgência da Torre de Babel ou o zigurate, que representou várias elevações e um topo que permitia a observação astronômica.
Resumo:
‘Jardins Suspensos’ da Babilônia
Na composição desse importante espaço arquitetônico, um total de seis terraços em formato de andares, com sustentação de enormes colunas. Em cada andar, um suntuoso jardim com uma infinidade de espécies. Em que pese a reprodução dessa obra prima por meio de desenhos, não foram encontrados vestígios arqueológicos dos Jardins Suspensos, mas tão somente pistas escritas. Em todo o mundo antigo, os feitos de tais jardins foram considerados como uma das sete maravilhas daquela época. E as outras seis? Seriam elas: Pirâmides do Egito, o Colosso de Rodes (estátua na cidade grega de Rodes), o Farol de Alexandria (Egito), o Templo de Zeus em Olímpia (Grécia), o Mausoléu de Halicarnasso (Cária, cidade grega) e o Templo de Ártemis em Éfeso, cidade grega.
Com a morte do polêmico Nabucodonosor, temos a entrada de uma forte decadência em todos aqueles que enxergavam o Segundo Império Babilônico como um momento de poder. Toda essa confusão levou a conflitos internos, pois a administração do Império acabou sofrendo fortes impactos. Em 539 a.C., os babilônios terminaram sendo subjugados pelo Império Persa, na gestão do rei Ciro II.