O Luteranismo na Alemanha 

Martinho Lutero, alemão, monge agostiniano e professor da Universidade de Wittenberg, iniciou sua luta reformista em 1517, quando fixou na porta da catedral daquela cidade as suas 95 teses, nas quais denunciava os abusos do clero e condenava a venda de indulgências. Por esse motivo, Lutero foi excomungado e convocado a comparecer a uma Assembléia de Príncipes para ser julgado por heresia.


Martinho Lutero, iniciador da Reforma Protestante,
realizou a tradução da Bíblia para o Alemão

Lutero rasgou publicamente a carta de excomungação e foi absolvido pelos príncipes, que apoiavam suas idéias, notadamente as que defendiam a tomada das terras da Igreja pela nobreza. O monge foi responsável pela primeira tradução da Bíblia para o alemão.

Com a intenção de permitir o luteranismo onde ele já existisse, porém evitar a sua propagação, Carlos V, imperador do Sacro Império Romano-Germânico, propôs um acordo que foi protestado por cinco principados, dando origem ao termo protestantismo. Carlos V convocou a Dieta de Augsburg, com o objetivo de estabelecer um acordo entre protestantes e cristãos. Como o concílio era impossível, Carlos V e os príncipes católicos optaram pelas condenações, a fim de cessar o protestantismo luterano. Somente em 1555, houve a vitória dos príncipes protestantes, e o foi assinado o acordo de paz, libertando a religião do Santo Império.

Em 1546 Lutero morreu, porém o seu nome continuou sendo uma grande inspiração para a Reforma.

No processo de propagação das idéias luteranas, na Alemanha, ocorreram algumas lutas armadas como a Revolta da Pequena Nobreza (1522-1523) e a Revolta dos Camponeses (1524-1525).