O termo Intifada significa entre outras coisas, a revolta. Esse termo vem do árabe. Os povos com origens árabes costumam utilizar o termo sempre que alguma insurreição contra algum regime opressor ou a algum inimigo em comum surge.

É muito associada à insurreição dos palestinos contra o domínio israelense na região da Palestina e da Faixa de Gaza. Essa insurreição pode ser dividida em duas partes, a Primeira Intifada, que ocorreu em 1987 e a Segunda Intifada teve inicio no ano 2000.

Primeira Intifada

Durou de 9 de dezembro de 1987 até fins de 1993 por decorrência dos Acordos de Paz de Oslo. Surgiu de modo espontâneo e aparentemente sem um poder organizador por trás do levante. Era apenas uma manifestação do povo palestino contra os desmandos e contra a opressão do exército israelense. Os manifestantes, em uma prova de coragem e de revolta, partiram para cima dos militares israelenses munidos de apenas paus e pedras. Eles gritavam palavras de ordem e atacavam apenas com o que tinham.

O primeiro foco de manifestações surgiu no campo de refugiados de Jabaliyah, localizado no extremo norte da zona conhecida como Faixa de Gaza. A partir daí, vários outros focos de manifestações surgiram, dando a inicio a Primeira Intifada.

Intifada

Segunda Intifada

Teve seu inicio em setembro de 2000 e durou até meados de 2005. A Segunda Intifada é como ficou conhecido o conjunto de eventos que marcou a revolta civil dos palestinos frente à política administrativa e a ocupação israelense na Palestina.

Dessa vez, o movimento foi uma resposta a uma série de acontecimentos, como por exemplo, a visita de Ariel Sharon, então parlamentar do Likud (da direita conservadora israelita) à Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém. O parlamentar israelense estava protegido por forte aparato de segurança, mas no local estavam presentes mais de 1000 palestinos, que consideram o ato uma provocação de Sharon.

Após o ocorrido, diversas manifestações violentas eclodem na região próxima ao Muro das Lamentações, envolvendo palestinos e israelenses. Sete palestinos são mortos e centenas ficam feridos.

Nos dias que se seguem aos primeiros conflitos, mais manifestações violentas ocorrem em diversas regiões, com palestinos atacando forças israelenses em territórios ocupados por Israel, como a Cisjordânia e a Faixa de Gaza. Com esses eventos, tem inicio aquela que ficou conhecida como sendo a Segunda Intifada.

Como resultado dessa insurreição, quase 5 mil pessoas morreram, sendo que 1.022 eram israelenses e todo o restante era de palestinos. Ao final de 2004, o governo de Israel divulgou que 7.366 palestinos estavam presos em suas prisões, sendo que 386 destes eram crianças. Israel divulgou também que 760 palestinos desse total estavam presos sem qualquer acusação formal contra eles por parte das autoridades israelenses.

Há ainda outros exemplos de Intifadas, como por exemplo, a “Intifada Iraquiana”, que foi como chamaram a tentativa de levante dos clérigos xiitas contra a invasão dos Estados Unidos no Iraque, em 2003. A revolta ocorrida entre maio e junho de 2005 no Saara Ocidental, governado pelo Marrocos, mas que tem um governo que está no exílio também foi chamada de Intifada.