O século XX no Brasil foi um período bem distinto dos anteriores, pois foi o primeiro em que ele estava livre, sem nenhuma conexão com Portugal. No entanto, os resultados em termos de evolução econômica e política não foram tão bons.

Após o Golpe de Estado de 1964, os militares assumiram o poder e ficaram até meados da década de 80. Este período foi marcado por muitas atrocidades e problemas, o que só atrasou o Brasil economicamente. Dentre as maiores reclamações das pessoas na época, estava a censura.

Ninguém podia ir contra o Governo Militar, falar mal da gestão, do país ou qualquer frase que fosse que eles não gostassem. Toda a cúpula controlava a mídia e tentava calar ao máximo todos que protestavam pelo fim da Ditadura Militar.

Como eram os protestos na Ditadura Militar?

Músicas de Protesto a Ditadura Militar

Nesta época, não adiantava você dar a cara para bater e protestar de maneira direta; era preciso ser sutil, de uma forma que chegasse a mensagem para a população sem que parecesse, de fato, um protesto.

Por isso, grande parte dos gênios brasileiros acabou ficando conhecido neste momento. Eles passaram a se rebelar de pouco em pouco, alguns sendo exilados, outros fugindo do Governo, mas nunca desistindo de seus ideais.

Veja a melhor maneira que encontraram de espalhar suas informações na população!

Música

Esta foi a mais comum e bastante utilizada no período. Os grandes músicos brasileiros passaram a compor canções com letras que pareciam inocentes, mas com um fundo bem crítico sob elas.

Durante um tempo as rádios transmitiam, até que os Governo interferisse e mandasse retirar do ar. Foi mais ou menos seguindo a frase “Água mole e pedra dura, tanto bate até que fura”, que eles foram mostrando mensagens a população de que deveriam se revolucionar contra o governo.

Neste período, celebridades como Caetano Veloso, Geraldo Vandré, Chico Buarque, Milton Nascimento, Elis Regina, Raul Seixas e outros.

Músicas de Protesto a Ditadura Militar

Em a música Alegria, Alegria, lançada em 1967 por Caetano Veloso, ele utilizou a ironia e fragmentos do dia-a-dia para revelar a opressão e criticar o abuso de poder. Como você pode perceber, ele foi sarcástico ao falar mal da Ditadura!

Outro bastante perseguido pelos Militares foi Geraldo Vandré. Seu hino “Caminhando (Pra não dizer que falei em flores)”, foi lançada em 1968 e foi bastante utilizada pela população que gostaria de uma política democrática. Ele provocou o exército de maneira bastante poética e interessante, como você pode perceber em:

Trecho: Há soldados armados / Amados ou não / Quase todos perdidos / De armas na mão / Nos quartéis lhes ensinam / Uma antiga lição: De morrer pela pátria / E viver sem razão

Chico Buarque teve uma ideia bastante interessante. Utilizando a oração de Jesus Cristo a Deus no Jardim de Getsêmane, ele usou a palavra “cálice” para representar “cale-se”, pois era o que os Militares queriam: uma população calada. Veja abaixo:

Trecho: De muito gorda a porca já não anda (Cálice!) / De muito usada a faca já não corta / Como é difícil, Pai, abrir a porta (Cálice!) / Essa palavra presa na garganta