crescimento demograficoA quantificação do crescimento vegetativo ou natural de uma determinada população é realizada a partir de dois conceitos essenciais: taxa de natalidade e de mortalidade. São essas duas variáveis que indicarão o número de nascimentos e mortes em cada espaço analisado e quantificado. A proporção será sempre em relação ao número total de habitantes daquele espaço.

É essa proporção que vai permitir determinar os crescimentos populacionais a partir de diferentes períodos.

Taxa de natalidade (TN): representa o número de indivíduos nascidos vivos em uma grandeza chamada permilagem. É o número de nascimentos a cada mil habitantes.

Em um determinada cidade, dentre cem mil pessoas que a habitam, nasceram 15.000 bebês em um intervalo de 12 meses. Nesse caso, a taxa de natalidade da cidade é de 15‰ (quinze por mil).

Taxa de mortalidade (TM): representa o número de pessoas que faleceram, em grandeza de permilagem: mortes para cada 1.000 habitantes. Se usarmos o mesmo exemplo da cidade com cem mil habitantes, observaremos que em cada 10 000 mortes ao longo de um ano, aquele município terá uma taxa de mortalidade de 10‰ (dez por mil).

Como o cálculo é realizado?

Tomemos como base os exemplos apresentados acima. Nesse sentido, vamos calcular a taxa de crescimento vegetativo. Como? Bastando que se diminua a natalidade pela mortalidade. Observe abaixo:

densidade demograficaCV = TN – TM
CV = 15‰ – 10‰
CV = 5‰

Assim, podemos concluir que nessa cidade o crescimento foi de cinco por mil. A cada mil habitantes, cinco novas pessoas foram acrescentadas ao longo do período de 12 meses.

De modo geral, o que se observa é que quando um país apresenta taxas elevadas de natalidade, também terá elevadas as taxas de mortalidade. E que, nesse sentido, o crescimento vegetativo do final do período acaba não sendo alto. Por outro lado, se nesse mesmo país forem observadas melhorias nas condições sanitárias, a tendência é que se tenha queda nas mortes. O que, invariavelmente, poderá gerar explosões demográficas.

Esse tipo de situação é bem observada em nações subdesenvolvidas, algumas especificamente no continente africano. É o caso da Nigéria, que tem apresentado elevados níveis de crescimento populacional.

Contudo, as tendências, de acordo com as teorias de transições demográficas, é de que se observe uma redução da natalidade a médio prazo. Assim, se garante maior estabilidade em termos de contingente populacional. O mesmo processo já foi observado em países europeus e outras nações emergentes como Turquia e Brasil.

No Brasil, todos os dados relacionados à população são pesquisados, compilados e analisados pelo Instituto Brasil de Geografia e Estatística (IBGE). Com base em diferentes pesquisas realizadas por esse instituto é possível traçar políticas públicas que, se bem implantadas, podem garantir melhores condições de vida a toda população brasileira. É também com base nas pesquisas do IBGE que se observam deficiências estruturais e muitas noções do comportamento da população como um todo em relação a diferentes temas.