Nascido em Abdera, cidade litorânea entre a Macedônia e a Trácia, Protágoras (480 – 410 a. C.) é considerado o primeiro e um dos mais importantes sofistas. Ensinou por muito tempo em Atenas, tendo como princípio básico de sua doutrina a idéia de que o homem de que o homem é a medida de tudo o que existe.

Conforme essa concepção, todas as coisas são relativas às disposições do homem, isto é, o mundo é o que o homem constrói e destrói. Por isso não haveria verdades absolutas. Toda verdade seria relativa a um determinado homem, grupo de homens ou sociedade.

A filosofia de Protágoras sofreu críticas em seu tempo por dar margem a um grande subjetivismo: tal coisa é verdadeira. Assim, qualquer tese poderia ser encarada como falsa ou verdadeira, dependendo do ponto de vista de cada pessoa.

Górgias de Leontini: o grande orador 

Górgias de Leontini (487 – 380 a. C., aproximadamente), considerado um dos maiores oradores da Antigüidade, aprofundou o subjetivismo relativista de Protagoras a ponto de defender o ceticismo absoluto. Afirma que:

a. nada existia;

b. se existisse, não poderia ser conhecido;

c. mesmo que fosse conhecido, não poderia ser comunicado a ninguém.