É considerada Virgem a pessoa que ainda não experimentou/praticou coito. O conceito de virgindade é muitas vezes valorizado em certos meios sociais ou religiosos, especialmente no que diz respeito à preservação da virgindade antes do casamento.
É de notar no entanto, que por erro alguns consideram/pensam que qualquer acto sexual é susceptível de ocasionar a perda da virgindade. 

Enquanto que nos homens é "quase" impossível determinar fisicamente a preservação da virgindade, no que diz respeito às mulheres tomou-se erradamente a integridade do hímen como indicação de virgindade. 

O hímen é uma membrana situada na vulva que bloqueia parcialmente a entrada da vagina. Aparece em certos mamíferos para proteger as fêmeas durante a sua infância dos riscos de infecções, daí durante esta fase da vida das meninas ser uma membrana relativamente espessa e resistente, no entanto com o aproximar da puberdade essa membrana torna-se muito fina e pouco resistente.

Esta membrana é muitas vezes rompida durante a primeira penetração do pénis na vagina (defloração). No entanto usar a integridade do hímen como indicação de virgindade é relativa e enganadora. O hímen pode ser destruído por actividades ou acidentes físicos diversos [utilização do tampão (muitíssimo raro), equitação, ginástica, por exemplo], e um hímen preservado não exclui penetração vaginal (coito), pois no caso de os hímens serem elásticos o suficiente, podem permitir o coito sem que rompam, ajustando-se ao diâmetro do pénis, podendo este tipo de hímens só se vir a romper num coito mais “apressado” em que a lubrificação e/ou dilatação não é a ideal ou mesmo só num parto. Para além disso são bem conhecidos e documentados os casos de mulheres que pura e simplesmente nascem sem hímen, sendo portanto virgens até à prática do primeiro coito. 

Historicamente o estatuto de virgindade foi considerado como conferindo capacidades mágicas ou sagradas. Assim por exemplo no antigo oráculo de Delfos o contato com os deuses era establecido pela Pítia, uma mulher virgem. Durante a idade média, acreditava-se que o mítico unicórnio só podia ser domado por virgens.
Uma grande variedade de culturas tradicionais e as principais religiões monoteístas (cristianismo, islão, judaismo) prescrevem a virgindade até o casamento. 

A virgindade é um conceito importante na tradição cristã, especialmente no que diz respeito à Virgem Maria que ocupa um lugar central no dogma cristão católico e ortodoxo. Votos de castidade e celibato são necessários para entrar na vida monástica ou no sacerdócio. 

A liberalização dos comportamentos sexuais permitida entre outros pela contracepção hormonal e a emancipação social das mulheres alterou profundamente a visão da virgindade nas sociedades contemporâneas. Ao mesmo tempo que a contracepção permitiu separar a sexualidade do ato de procriação, a virgindade perdeu o seu papel de garantia de legítima filiação no casal. 

Estas mudanças dessacralizaram o papel social da virgindade, que adotou em certos casos um valor negativo e angustiante, como pretenso indicador de incapacidade social ou amorosa.
No entanto a expansão de movimentos religiosos mais conservadores e a consciência dos riscos ligados às doenças sexualmente transmissíveis como a AIDS (Brasil) ou SIDA (Portugal) têm levado a uma renascença da virgindade como um ideal positivo e desejável.