3. O regresso conservador: 

Durante o Período Regencial, o regressismo expressava a pressão da classe dominante associada, buscando o seu fortalecimento no poder, reprimindo as batalhas, para manter a ordem e um mandato político tranqüilo. 

A outra fase do Período Regencial foi caracterizada por um percurso reacionário, pois as medidas que compõem o avanço liberal não foram suficientes para libertar o Império da desordem e do sobressalto. Nem mesmo o Ato Adicional conseguiu acalmar a revolução, e foi após a sua promulgação que surgiram as principais rebeliões do período: Cabanagem, Farroupilha, Sabinada e Balaiada. 

Todos os acontecimentos sucessivos a partir de 1834, como o choque interno, o progressista Feijó eleito como regente em 1835 de forma escassa, a rivalidade entre a Câmara e o regente, e a renuncia de Feijó em 1837, demonstram a queda liberal e a consolidação do regressismo. 

Foi assim que em 12 de maio de 1840, foi aprovada a Lei de Interpretação do Ato Adicional de 1834, que destruiu a integridade dessa reforma constitucional, uma vez que as províncias que estavam sob o poder das Assembléias Provinciais passaram a ser delegadas pelo Poder Central do Império. 

A ação regressista foi concluída na década de 1840, quando foi restaurado o Conselho de Estado, e o Código do Processo Criminal foi reconstruído, medidas estas que levaram o Império a encontrar o seu equilíbrio natural, fundamentado nos mecanismos de uma centralização político-administrativa eficaz. 

Regência de Araújo Lima (1838 á 1840):

Mesmo a regência de Araújo Lima sendo provisória, o Partido Conservador assume o poder. O primeiro ministério, mais conhecido como Ministério das Capacidades, era composto por Bernardo Pereira de Vasconcelos, demonstrando a supremacia da reação. 

Em 1838, Araújo Lima foi eleito como o novo regente do Império, tendo o seu mandato estendido até 1842. Mas nem mesmo toda a sua competência de líder conservador foi capaz de conter a Farroupilha, nem evitar a eclosão de outras rebeliões como a Sabinada, Balaiada e a Cabanagem. 

Os fatos que marcaram o seu governo foram: 
– o movimento que lutava pela maioridade do Imperador
– crescimento das exportações de café. 

Café – Principal responsável pelas transformações econômicas, sociais e políticas no Brasil, na segunda metade do século XIX. O café reintegrou a economia brasileira aos mercados internacionais, contribuindo decisivamente para o incremento de produção.