8. Conseqüências sociais: o proletariado

A principal conseqüência social da revolução industrial foi o crescimento urbano da Inglaterra, que transformou no principal produtor e exportador de produtos manufaturados. A cidade de Londres chegou a um milhão de habitantes, sendo o principal centro demográfico do país.
Em determinadas regiões da Inglaterra havia uma grande concentração industrial, principalmente nas regiões que possuíam reservas de carvão. Sendo assim, a Inglaterra ficou dividida em:

Inglaterra Negra: que abrange o norte e oeste, formada por indústrias.
Inglaterra Verde: que abrange o sul e sudoeste, formada pela agricultura e pastoreio.

Nas áreas onde a industrialização é mais intensa, a urbanização foi mais rápida. As habitações não davam conta de abrigar toda a população, além disso, os aluguéis eram muito caros. Os trabalhadores passaram a viver aglomerados em condições miseráveis.
Eram obrigados a trabalhar mais 14 horas diárias, sem intervalo, e sem nenhum tipo de assistência aos desempregados e enfermos.
Não existiam leis para o trabalho de crianças e mulheres, e o salário para estes grupos eram menores, por isso tornavam-se grandes concorrentes para os homens, que muitas vezes ficavam sem emprego.
Foi graças à trade unions (organização dos trabalhadores) que esta situação foi melhorando lentamente. Em 1830, o relatório Sadler apontou as condições de trabalho na Inglaterra, e alguns problemas foram resolvidos, como por exemplo, a regulamentação do trabalho para crianças e mulheres.