Um texto narrativo é facilmente encontrado em nossa realidade cotidiana. Quer ver um exemplo? Uma piada que se conta em uma mesa de bar. As novelas, peças teatrais, crônicas, contos e fábulas.

O que esses exemplos têm em comum? Personagens, fatos, demarcação de tempo e espaço. E o discurso, como se dá? São discursos diretos, indiretos ou indiretos e livres. Vamos entender cada um desses tipos.

narraçãoDiscurso direto: o elemento narrador vai transcrever as palavras dos próprios personagens. Nesse caso, alguns elementos gráficos serão usados para personalizar o texto: travessões, dois pontos e aspas.

Discurso indireto: as falas dos personagens são apresentadas pelo narrador, que acaba reproduzindo um resumo do que escutou. Ele pode suprimir ou até mesmo alterar algum trecho. Nesse tipo de discurso não há necessidade de elementos gráficos especiais, pois o narrador está sempre fazendo uso da palavra.

Discurso indireto livre: utilizado em estruturas mais informais. Por exemplo: uma frase solta, sem autor identificado, dentro do texto geral. É um pensamento do personagem ou do próprio narrador. Juízo de valores, questionamentos e opiniões relacionados ao assunto tratado. Está bem presente nas crônicas publicadas em jornais de grande circulação. Ou ainda nos contos menores e histórias infantis.

Como a narrativa é construída

Fique atento aos elementos gerais da narrativa e passe a observar como esses traços estão presentes nas cenas do nosso dia a dia.

Fato: o que está sendo narrado?
Tempo: em que momento esse fato aconteceu? Qual foi o período?
Lugar: qual o local dos fatos?
Personagens: uma narrativa pode ser realizada com  um ou diversos personagens. Eles são os participantes do fato.
Causa: quais foram os agentes causadores desse fato? O que motivou tais acontecimentos?
Modo: quais as características principais do fato, os detalhes de como ele se processou?
Consequências: a existência desse fato gerou quais consequências? Quais foram os elementos resultantes?

elementos narrativosA composição desses elementos acima citados vão dar o tom e a qualidade técnica da narração. Se houver um bom enredo, a história acaba sendo um sucesso. É importante destacar ainda que numa narração existem dois tipos de tempo: cronológico e psicológico. Entenda a diferença de cada um.

Cronológico: é aquele que se calcula durante o desenvolvimento da ação. Corresponde aos dias, meses, anos, horas, minutos, segundos, décadas, séculos. Faz com que o leitor tenha uma noção do tempo e a duração das histórias.

Psicológico: diz respeito ao tempo imensurável, aquele que está apenas na mente dos personagens. Pode ser rápido ou longo, diz respeito ao momento e evolução de cada personagem.

É importante destacar que dentro de uma narração também são observados elementos de outros tipos de texto. Por exemplo: em algumas cenas de uma narração podem ser extremamente descritivas. Ou, ainda, contar com elementos argumentativos. Justamente por isso que o leitor deve imediatamente localizar os elementos centrais do texto narrativo para poder comprovar que determinado texto seja, na essência, narrativa e apenas carregue outros tipos de elementos.