Em 2002 a ONU divulgou o primeiro relatório internacional sobre a situação da fome no Brasil, apontando que de cada três brasileiros um sofre de desnutrição. A causa dessa situação é, sobretudo a desigualdade social que é gerada principalmente pela falta de igualdade na distribuição de renda, por isso o crescimento econômico não é a principal solução para acabar com o problema da fome no Brasil, é preciso que novas medidas eficientes sejam aplicadas para promover maior igualdade no acesso aos alimentos.

O Brasil não é considerado um país pobre, mas sim rico em recursos e em produção, pois segundo a ONU é um dos maiores exportadores agrícolas do mundo, produzindo alimentos em quantidades extremamente suficientes para sustentar toda a sua população, no entanto muitas pessoas vivem na miséria, enquanto outras esbanjam e acumulam riquezas, e desperdiçam alimentos, caracterizando o país como desigual.

A desnutrição que atinge as crianças causa sérios problemas no desenvolvimento, segundo a ONU, no Brasil diariamente 280 crianças como menos de um ano morrem por conseqüências da desnutrição.

Além disso, a ONU destaca que em algumas regiões do Brasil alimentos e água são utilizados em troca de votos em épocas de eleição.

Um trecho desse relatório da ONU afirma que: “A questão da fome no Brasil não é sobre a existência de alimentos ou não, mas sobre o acesso aos produtos.”

A desnutrição é mais expressiva em regiões como o Nordeste, que apresenta 17,5% das crianças desnutridas, enquanto no Sul esse índice é de apenas 5% do total de crianças. Nas zonas urbanas os mais afetados pela fome são os desempregados, favelados e crianças de rua.