As rimas ricas e raras, – quanto ao vocabulário ou qualidade

As rimas são: a semelhança de sons no final de um verso, ou entre ele, podemos dizer que a rima é uma “identidade” da poesia Parnasiana, e havia também, preferência por dois tipos de rimas e elas são: as ricas e as raras.

Observemos agora alguns exemplos de rimas.
a) Pobres: todas as palavras que são rimadas fazem parte da mesma classe gramatical.

Entre as ruínas de um convento,
De uma coluna quebrada
Sobre os destroços, ao vento
Vive uma flor isolada.

(Alberto de Oliveira).

b) Ricas: as palavras que são rimadas fazem parte de diferentes classes gramaticais.

O coração que neste peito
E que bate por ti unicamente,
O coração outrora independente,
Hoje humilde, cativo e satisfeito.

(Luís Guimarães Jr.)

c) Raras: rimas (mesmo som) com terminações que são incomuns.

Que ouço ao longe o oráculo de Elêusis.
Se um dia fosse teu e fosse minha,
O nosso amor conceberia um mundo
E de teu ventre nasceriam deuses.

(Raul de Leôni).

d) Heterofônicas: o timbre das vogais tônicas são diferentes.

Quem me dera fosse aquela loura estrela,
Que arde no eterno azul, como uma eterna vela.

(Machado de Assis).

e) Imperfeitas: na sílaba final tônica possui vogais ou consoantes diferentes.

No fogo vivo eu me abrasara inteiro!
Ébrio e sedento no fugaz vertigem
Vil, machucara com meu dedo impuro
As pobres flores da grinalda virgem.

(Casimiro de Abreu).