Unicamp anuncia redução da quantidade de livros exigidos no Vestibular 2021
Instituição afirma que decisão foi tomada pensando nas dificuldades que os estudantes estão enfrentando em tempos de Pandemia.
Por Rodrigo Duarte
Foi anunciada na tarde desta segunda-feira, dia 4 de maio, uma decisão tomada pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) para a redução na quantidade de livros que serão cobrados na próxima prova de Vestibular. De acordo com as informações que foram divulgadas pela Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest), a decisão foi tomada em virtude das dificuldades que os alunos estão enfrentando durante o período de pandemia.
A decisão afirma que, da lista que já havia sido divulgada de leitura obrigatória para o Vestibular 2021, foram retiradas das seguintes obras: “A teus pés”, de Ana Cristina Cesar; “O seminário dos ratos”, de Lygia Fagundes Teles; “História do cerco de Lisboa”, de José Saramago; “Quarto de despejo”, de Carolina Maria de Jesus; e “A cabra vadia”, de Nelson Rodrigues.
Permanecem na lista as seguintes obras:
- Sonetos escolhidos, de Luís de Camões;
- Sobrevivendo no Inferno, do grupo Racionais Mc’s;
- O Espelho, de Machado de Assis;
- O Marinheiro, de Fernando Pessoa;
- A Falência, de Júlia Lopes de Almeida;
- O Ateneu, de Raul Pompeia;
- Sermões, de Antonio Vieira.
Na decisão, a Unicamp afirma que boa parte dos estudantes estão tendo dificuldades para manter as leituras obrigatórias em dia, como a impossibilidade do acesso a bibliotecas e também a paralisação das atividades na educação pública e privada.
Segundo o diretor da Comvest, José Alves de Freitas Neto, as alterações expressam duas preocupações da Comissão. “A primeira é com a preparação dos candidatos em tempos em que o acesso físico a bibliotecas está impossibilitado e, por isso, a opção por obras disponíveis gratuitamente na internet. A segunda preocupação é com a qualidade da prova, preservando a diversidade de textos e gêneros literários”.
A partir do Vestibular 2022, a instituição já afirmou que a lista de livros exigidos deve passar de 12 para 10 obras.