De acordo com as informações que foram divulgadas através da pesquisa TIC Educação 2018, divulgada pelo Comitê Gestor de Internet no Brasil (CGI.br), as escolas publicas ainda sofrem com a baixa velocidade de conexão.

Pesquisa aponta baixa velocidade de conexão nas escolas públicas

De acordo com a pesquisa, 5% das escolas tinham uma conexão com velocidade de até 999 kbps; 26% contavam com conexão de 1 a 2 Mbps; 33% trabalhavam com velocidade de 3 a 10 Mbps; apenas 12% usavam uma conexão com velocidade de 11 Mbps ou mais e 24% não sabiam.

Existe uma recomendação atual do próprio Ministério da Educação de que as escolas tenham, pelo menos, 16 Mbps de velocidade na sua conexão com a internet. A pesquisa mostra que todas as escolas acabam ficando em faixas muito abaixo do esperado, o que acaba impedindo que sejam rodados programas e ferramentas básicos dentro das instituições de ensino.

Além de impedir que os estudantes tenham aulas adequadas de informática, uma vez que essa velocidade ainda acaba sendo compartilhada entre diversos computadores conectados ao mesmo tempo, a baixa velocidade da internet dificulta até mesmo o trabalho burocrático da equipe da dirigentes da instituição de ensino.

A pesquisa é realizada anualmente em todo o país desde 2010 em escolas urbanas públicas e privadas, e desde 2017 em escolas localizadas em áreas rurais. Em 2018 foram ouvidos 11.142 alunos de 5º e 9º ano do Ensino Fundamental e 2º ano do Ensino Médio de escolas urbanas.

Sem incentivo para inovar

Pesquisa aponta baixa velocidade de conexão nas escolas públicas

A pesquisa também afirma que a grande maioria dos professores busca se informar sobre tecnologia e inovação de forma independente. Não existem politicas publicas que permitam com que os professores possam se aperfeiçoar sobre o assunto.

O TIC Educação revelou que, em 2018, 64% dos professores de até 30 anos tiveram a oportunidade de participar, durante a graduação, de cursos, debates e palestras sobre o uso de tecnologias e aprendizagem promovidos pela faculdade, assim como 59% realizaram projetos e atividades para o seu curso sobre o tema. Mas, apenas 30% dos professores afirmaram ter participado de algum programa de formação continuada no último ano. Além disso, apenas 21% dos diretores de escolas públicas disseram que os professores da instituição participam de algum programa de formação de professores para o uso de tecnologias em atividades com os alunos.