O comércio externo no Brasil teve início com a descoberta do nosso país. Inicialmente o comércio externo era monopolizado pela metrópole. Os principais produtos exportados eram: açúcar, ouro, pedras preciosas e fumo. As importações são representadas por gêneros alimentícios e manufaturados.

A dívida externa

O desenvolvimento industrial do Brasil está baseado na introdução de capitais estrangeiros, e por isso sofre com a pressão de uma enorme dívida externa.

Com o “primeiro choque do petróleo” (1973), o Brasil sofreu com o aumento do custo de importação do petróleo e a queda das cotações dos produtos primários, ao passo que os grandes conglomerados bancários internacionais, sustentados pelos “petrodólares” acumulados pelo Oriente Médio facilitavam os empréstimos; e como o país apresentava grande escassez de capitais externos para investir em produções diretas, o melhor era aceitar as ofertas de empréstimos para dar continuidade ao processo “desenvolvimentista”. Com isso, a dívida que era de 5 bilhões de dólares na década de 50, foi para 50 bilhões de dólares no final da década de 70.

A partir da década de 80, houve aumento nas taxas de juros internacionais, o que fez aumentar ainda mais a dívida externa. O Brasil enfrentou um período de recessão, onde os encargos de endividamento só aumentaram, enquanto a economia de produção estava estagnada por falta de investimento.

As exportações aumentaram para assegurar o saldo positivo da balança comercial, já as importações eram controladas rigorosamente. O objetivo disso era manter o pagamento da dívida. Com isso, os investimentos e empréstimos externos ficavam cada vez mais escassos, e consequentemente, o processo produtivo passou por uma fase de estagnação e o risco da obsolência tecnológica.

Balança Comercial 

Chama-se de Balança Comercial a representação das importações e importações de bens entre países.
Um país que exporta mais do que importa apresenta uma balança comercial positiva (superávit), do contrário a balança comercial será negativa (déficit).

Exportações 

A exportação é uma fonte geradora de divisas que cria os recursos necessários para amortizar a dívida externa.
Além disso, a exportação contribui para a geração de novos empregos. A curto prazo, ao passo que o crescimento da demanda interna está limitado pela evolução da renda, a conquista do mercado externo depende principalmente da decisão fixa de disputá-lo e muita criatividade para atendê-lo.
Toda via, conforme as exigências do mercado internacional, os produtos brasileiros só podem tornar-se competitivos uma vez que sejam asseguradas a qualidade e os preços de venda.

Importações 

O Brasil diminuiu a exportação de matérias-primas agrícolas e minerais, e destacando-se mais nos produtos industrializados e na tecnologia, bem como transformou sua gama de importações. O Brasil que era um país que importava produtos industrializados sofisticados e de alta tecnologia, passou a representar em suas importações matérias-primas e produtos semi-acabados.

O período que vai de 1980 até 1994, o Brasil apresentava um nível de exportação maior do que o nível de importação, sendo assim o país apresentava um superávit da balança comercial. Porém, isso não representou um desenvolvimento do país, pois toda a renda era destinada ao pagamento da dívida externa.

Por esse motivo, adotou-se o Plano Real pretendendo uma estabilização da economia assegurando o retorno de capitais externos, que são essenciais para a dinamização do desempenho econômico do país.

A crise russa e o comércio exterior com o Brasil

Em 1998, a balança comercial do Brasil com a Rússia apresentou um superávit.

Entre 1994 e 1997, houve um crescimento de 338,8% nas exportações brasileiras para a Rússia, ao passo que as importações brasileiras daquele país tiveram um aumento de apenas 105,2%.

Os principais produtos exportados do Brasil para a Rússia foram: açúcar, cigarros, café, carne e frango.

A crise asiática e o Brasil 

Em meados de 1997, com o início da crise financeira asiática, o crescimento das economias de todo o mundo foi afetado, minando a confiança dos investidores em economias emergentes e reduzindo o poder de compra de muitos países. Com isso, devido a atual situação internacional, o Brasil importa mais do que exporta.