Cientistas descobriram recentemente que, em Cuba, existe uma nova cepa do HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) extremamente perigoso, pois se desenvolve muito mais rápido que as outras variações de vírus estudados até o momento.

Nomeada de CRF19, a nova cepa foi descoberta por estudiosos do Instituto de Medicina Tropical de Havana, situada naquele país, e duas universidades da Bélgica, após médicos do centro cubano observarem, por meio de pacientes contaminados, que alguns deles desenvolviam a Aids mais rapidamente que outros.

O novo tipo de variação do vírus leva à Aids em menos de três anos, enquanto que outras cepas levam entre 8 a 10 anos para desenvolver a doença. A descoberta indica que pacientes contaminados por esse subtítulo do vírus podem aumentar os riscos dos pacientes contraírem doenças muito antes de saberem que estão infectados.

HIV mais perigoso é descoberto em Cuba

Apesar de ser um resultado assustador, os estudos revelaram que o novo tipo do vírus HIV não demonstrou nenhuma resistência ao tratamento com os medicamentos retrovirais já existentes, e o tratamento pode ser realizado com a mesma possibilidade de sucesso como no dos outros casos.

Cuba possui uma população de 11,1 milhões de pessoas, sendo 22 mil delas diagnosticadas como soropositivas. A descoberta do primeiro caso da doença naquele país foi no ano de 1986 e mais de 18 mil – das 22 mil citadas – ainda permanecem vivas.

A busca incansável pela cura

Desde o seu surgimento – entre 1977 e 1978 – a Aids já dizimou mais de 30 milhões de pessoas ao redor do mundo, espalhando pânico, medo e sofrimento para aqueles que perderam algum ente querido por meio desse vírus.

Atualmente, cerca de 8 milhões de pessoas vivem por meio de medicamento antirretrovirais que conseguiram contornar a situação e permitem que os pacientes que carregam o HIV vivam normalmente, desde que tomem alguns cuidados.

HIV mais perigoso descoberto em Cuba

A ciência, de forma incansável, luta para descobrir a cura para uma doença provocada por uma bolinha tão minúscula, composta por apenas nove genes, mas capaz de causar estragos devastadores. A mais recente descoberta dos cientistas é uma maneira de expulsar o HIV dos seus esconderijos, mandando-o para a corrente sanguínea para que assim saia do corpo do indivíduo infectado.

O estudo ainda segue em andamento, a fim de buscar a maior eficácia de um possível tratamento para a cura definitiva da Aids, mas a comunidade da ciência anda bastante otimista e o fim dos efeitos estarrecedores do HIV pode estar próximo de acontecer.