A Faculdade de Medicina, dentro da Universidade de São Paulo (USP) não conseguiu alcançar a meta de alunos inscritos através das cotas sociais e raciais em seu primeiro ano de aplicação. Esperava-se, pelo menos, 35 estudantes que se encaixassem nas categorias de autodeclarados pretos, pardos ou indígenas (PPI), mas conseguiu apenas 33 alunos.

Faculdade de Medicina da USP não alcançou meta de cota racial para 2018

Das 250 vagas oferecidas no vestibular para as quatro carreiras da FMUSP (medicina, fisioteria, fonoaudiologia e terapia ocupacional), 248 acabaram preenchidas. Dessas, 109 matrículas foram feitas por estudantes que fizeram o ensino médio na rede pública, sendo que 33 deles também se autodeclararam pretos, pardos ou indígenas.

Para cumprir a cota mínima de estudantes de escola pública (categoria chamada de EP na instituição), e a de estudantes de escola pública pretos, pardos ou indígenas (categoria EP-PPI), a Faculdade de Medicina deveria ter, respectivamente, pelo menos 92 estudantes da categoria EP e, dentre eles, 35 calouros da categoria EP-PPI.

De acordo com a USP, para o ano de 2018 a regra de cotas da instituição é obrigatória para a soma total de matrículas de cada faculdade, escola ou instituto. A informação é a de que os cursos específicos só terão que cumprir uma cota mínima a partir do vestibular de 2019.

Faculdade de Medicina da USP não alcançou meta de cota racial para 2018

O sistema de cotas da USP foi aprovado em julho do ano de 2017, e pelas regras, a instituição terá meta gradual de preencher as cotas até o ano de 2021. Para 2018, a proporção fixada foi de 37% para o total de matrículas de cada unidade, mas em 2019, 2020 e 2021 ela sobe para 40%, 45% e 50%, respectivamente, e vale especificamente para as matrículas de cada curso.

A USP afirmou também que conseguiu atingir as metas globais que foram definidas pela instituição para estudantes de escola pública e pretos, pardos ou indígenas em relação ao total de ingressantes nos cursos de graduação em 2018.