Há alguns anos, a vida do empresário brasileiro de Governador Valadares, Eike Batista, parecia entrar em um conto de fadas. Considerado o homem mais rico do Brasil, Eike era também considerado um dos homens mais ricos do mundo segundo a renomada publicação Forbes.

No entanto, o que parecia um verdadeiro sonho começou a ruir, e aos poucos, escândalos e mais escândalos se sucederam, até que a fortuna do empresário, que um dia fora de mais de 20 bilhões de dólares, foi reduzida para periclitantes 200 milhões de dólares.

Agora Eike enfrenta julgamento por causa de acusações de falsidade ideológica, indução de mercado ao erro e formação de quadrilha, entre outros, e o empresário está seriamente arriscado de ter de passar alguns anos fora de circulação.

O inferno astral

Eike Batista pode ir para regime fechado

Eike Batista, ao que tudo indica, parece ter entrado em uma espécie de inferno astral em 2012, quando sua fortuna sofreu o primeiro duro golpe, perdendo nada menos do que 10,1 bilhões de dólares por conta de cláusulas na venda de parte de seu Grupo EBX para um fundo de Abu Dhabi, o Mubadala Development.

Também em 2012, seu filho mais velho, Thor Batista, atropelou e matou um ajudante de caminhoneiro, gerando grande repercussão negativa, especialmente pelo fato de que o rapaz já acumulava 51 pontos na carteira de motorista, “conquistados” nos 18 meses anteriores ao fatídico acidente.

Depois de muita polêmica, em junho de 2013 Thor acabou sendo condenado por homicídio culposo (sem intenção de matar), tendo que prestar serviços comunitários por 2 anos, ficando com a carteira suspensa pelo mesmo período e pagando multa de 1 milhão de reais.

As acusações

Eike Batista regime fechado

Por causa das 6 acusações, Eike Batista pode ir diretamente ao regime fechado, o que para muitos pode ser encarado como um fato inédito na História da justiça brasileira, já que normalmente, se tem a noção de que ricos não pagam pelos seus crimes como pobres pagam.

Isto posto, o que de fato se sabe é que Eike Batista está sendo acusado por falsidade ideológica, por indução do mercado ao erro, por formação de quadrilha, por manipulação do mercado e também por uso de informação privilegiada (neste caso, são 2 acusações).

Segundo informou o juiz titular da 3ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro, Flavio Roberto de Souza, caso venha a ser condenado por todos os crimes pelos quais é acusado, o empresário brasileiro poderá passar 8 anos em regime fechado.