Na última semana o mundo foi surpreendido com uma notícia que causou uma grande repercussão internacional: o assassinato, por parte das forças armadas dos EUA, de Qasem Soleimani, general iraniano. O ataque, que aconteceu no Iraque, acabou se tornando o ápice de um momento tenso, com diversos ataques de ambos os lados nos dias que antecederam a morte do general.

Conflito EUA x Irã: Entenda os motivos do ataque à Qasem Soleimani

Muito provavelmente, a grande maioria das pessoas do lado ocidental do mundo não tinha a menor ideia do que representava o nome de Qasem Soleimani. Mas, a partir do momento que os EUA assumiu o ataque e confirmou a morte, a repercussão internacional acabou indicando o quão importante era essa figura em seu país.

O general era considerado como o principal arquiteto de toda inteligência e força armada do país. Muitos consideravam como o 2º maior nome do comando da nação. Além disso, o general acabou se tornando ainda mais importante pois conseguiu algo que nem todo o líder consegue: a aprovação do povo.

Para entender melhor os motivos deste ataque, é preciso entender quem era Qasem Soleimani e o que estava acontecendo na região nas últimas semanas:

Quem era Qasem Soleimani?

O último cargo oficial ocupado por Qasem foi o de major-general  e líder da Força Al Quds, considerada como uma unidade especial da Guarda Revolucionária. Acabou se tornando como o principal estrategista militar e geopolítica do país.

Ao longo da sua carreira, foi conhecido como o homem que reforçou o apoio ao Hezbollah, no Líbano, e outros grupos militantes pró-iranianos. Também foi o principal mentor do plano de expansão militar do seu país na Síria, organizando ofensivas do governo Bashar al-Assad contra os grupos rebeldes.

Também ganhou a aprovação popular por ser considerado carismático. Nos últimos anos ele acabou se tornando mais popular ao ser retratado em reportagens, em documentários e sendo citados em músicas pop.

Aumento da tensão na região

Conflito EUA x Irã: Entenda os motivos do ataque à Qasem Soleimani

Nos meses que antecederam ao ataque que matou Qasem Soleimani, a tensão entre Estados Unidos e Irã subia em uma crescente. Desde o final do mês de outubro, militares e diplomatas americanos acabaram sendo alvos de ataque na região. Na semana anterior ao ataque, um funcionário dos Estados Unidos acabou morrendo em um bombardeio com foguetes.

No último dia 31 de dezembro, milicianos iraquianos invadiram a embaixadas americana em Bagdá. O presente norte-americano, Donald Trump, acusou o Irã por estar por trás da invasão e prometeu retaliação. O Pentágono depois afirmou que a invasão teria sido uma ordem direta de Qasem Soleimani.

Por outro lado, representantes dos governos do Irã e do Iraque afirmaram que a invasão da embaixada foi uma resposta a um ataque americano na fronteira com a Síria, que teria matado 25 soldados das Forças de Mobilização Popular do Iraque.