Em 1822 o regente D. Pedro I já tinha convocado uma Assembleia Constituinte, que só passou a se reunir em 1823. A convocação teve como necessidade imediata a formulação de uma Constituição para o país, ou seja, um conjunto de leis para que o governo pudesse ter condições de assegurar direitos aos brasileiros. Até então, só a elite tinha tais direitos no Brasil. Foi quando em 1824 tivemos a nossa primeira Constituição. Muito elitista, o documento ainda mantinha exclusão e muitos poderes a D. Pedro I. Para votar ou mesmo se candidatar a um cargo político, por exemplo, era necessária uma renda mínima.

Com tamanha centralização e exclusão, alguns protestos foram observados nas províncias brasileiras, especialmente as localizadas no Nordeste. Em Pernambuco, a Confederação do Equador foi a principal delas e objetivava tirar o poder e tirania do imperador. As tropas imperiais reagiram com violência.

Ao longo do Primeiro Reinado, ainda se conviveu com tais conflitos, como é o caso da Guerra da Cisplatina (1825). A ideia era separar o Brasil e evitar conflitos com a Argentina. Até mesmo os ingleses interferiram nesse conflito.

D. Pedro passou a ser muito criticado pela elite, pois começou a abrir espaços para outras classes sociais por meio da Constituição. A Confederação do Equador e a Guerra da Cisplatina, além do desgaste político, também trouxeram impactos do ponto de vista econômico e várias mortes. O Imperador também foi culpado por tais números. Nesse momento, a classe dos jornalistas foi extremamente crítica a D. Pedro I. Um desses jornalistas acabou sendo assassinato: o jornalista e médico Líbero Badaró, ferrenho opositor de D. Pedro.

Só depois da abdicação de D. Pedro em 1831 é que as pressões da elite começaram a ficar ainda mais evidentes. Com várias mudanças entre familiares da Corte de D. Pedro I, o Primeiro Reinado foi finalizado em clima de insatisfação e problemas na economia.