8% dos cursos de graduação avaliados pelo MEC em 2019 têm qualidade insatisfatória
Notas levam em consideração desempenho dos estudantes e formação dos professores.
Por Rodrigo Duarte
Foram divulgados nesta semana as notas dos cursos de graduação superior avaliados pelo Ministério da Educação ao longo do ano passado. De acordo com as informações que foram divulgadas, pelo menos 8% da totalidade dos cursos acabaram sendo classificados com conceito insuficiente. Apenas 2,5% dos cursos conseguiram receber nota máxima.
A avaliação feita pelo MEC chama-se Conceito Preliminar de Curso, e fica registrada como a nota de avaliação, que constantemente as instituições que conseguem notas altas acabam utilizando como forma de atestar a qualidade do seu curso. A nota pode variar de 1 a 5, sendo que quanto maior a nota, melhor é o curso.
Ao longo do ano de 2019 foram avaliados os cursos das seguintes áreas: ciências agrárias, ciências da saúde, engenharias, arquitetura e urbanismo; e dos cursos tecnológicos de ambiente e saúde, produção alimentícia, recursos naturais, área militar e segurança. Graduações em que menos de dois estudantes prestaram o Enade não foram avaliadas.
Para formação da nota, são avaliados os seguintes critérios:
- o desempenho dos alunos na graduação e na prova do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade);
- o nível de formação acadêmica dos professores;
- o regime de trabalho dos docentes (se é de dedicação integral ou parcial);
- a percepção dos estudantes sobre a qualidade do curso.
Quando um curso fica com um CPC final variando entre 1 ou 2, é considerado como “insatisfatório”, o que acabou sendo o caso de 9,6% dos cursos de instituições privadas e 3,4% dos cursos das instituições públicas. No total, considerando todas as esferas administrativas, 687 cursos tiveram notas baixas – cerca de 8% de todos os avaliados em 2019. Na edição anterior, de 2016, o índice era um pouco menor: 7,4%.