1O Grito de Independência, no país do verde e amarelo, acabou sendo dado por um monarca português que se sentiu forjado pelas questões internas da colônia  vários modos de interferência de Portugal. D. João VI tinha dito ao filho D. Pedro que ele deveria retornar a Portugal. Em caso de separação da colônia, a decisão do pai deveria ser respeitada. Entretanto, em 1831, D. Pedro voltou para Portugal e ficou conhecido como D. Pedro IV. Para ele, não havia necessidade de guerra ou sofrimento para que o Brasil fosse independente. Bastava um grito.

De certa forma, uma manobra para a revolução que imunizou a antiga colônia de ondas fortes e neoliberais já anunciadas pelos ingleses em Portugal. Em 1820, no solo português, já se havia presenciado por exemplo a revolta constitucionalista do Porto.

O Brasil, depois de independente, não viu mudanças imediatas. O enorme país continuou enfrentando seus problemas estruturais e acabou ficando dependente dos ingleses, que comprava boa parte das manufaturas. E por mais de um século muito pouco se vendia a partir do nosso cenário. Foi depois da I Guerra Mundial que os ingleses saíram da hegemonia e os norte americanos passaram a nos “dominar”.

2Os portugueses, fugitivos de Napoleão Bonaparte, acabaram criando o contexto da independência brasileira e também sabiam que os ingleses continuaram a manter relações como Brasil. Portugal saiu perdendo, pois estava em crise comercial e estima-se que 60% da economia portuguesa era dependente dos produtos brasileiros.

De qualquer modo, o Brasil saiu perdendo já que tanto Portugal quanto os ingleses queriam sugar as riquezas da nossa terra. E, mesmo quando saíram daqui, os portugueses levaram tudo o que puderam.

Um grito de independência?

Esse grito simbolizou a ruptura do Brasil com Portugal. Esse rompimento, na verdade, iniciou em 1808, quando o Brasil se transformou em sede do Estado português. Com isso a independência conseguiu atender a todos os interesses conservadores de todas as elites agrárias, sem se modificar em nada.