1911

a) Em São Paulo, Oswald de Andrade funda o jornal humorístico O Pirralho e começa a fazer sátiras às poesias parnasiana e romântica.

b) O mesmo jornal, quando elabora paró-dias a textos do passado, faz uma mistura de português com italiano.

1912

a) Oswald de Andrade, filho da alta burguesia paulista, retorna da Europa (Itália) para São Paulo, trazendo notícias do Futurismo de Marinetti.

b) A idéia de uma arte atrelada à civilização técnica, de combate ao academicismo, começa a ser divulgada.

1913

a) Acontece a primeira mostra de arte não-acadêmica feita no Brasil. O autor das obras é o pintor lituano Lasar Segall, recém-chegado da Europa (Alemanha), expondo trabalhos que se apoiavam no Expressionismo alemão.

b) A exposição não desperta a atenção do público nem da crítica.

1914

a) Anita Malfatti realiza sua primeira exposição de pintura. Recém-chegada da Alemanha, ela também exibe traços do Expressionismo.

b) A exposição de Anita recebe alguns elogios da crítica, mas nada de teor significativo.

1915

a) Anita Malfatti viaja para os Estados Unidos, onde conheceu de perto o Cubismo.

b) Luís de Montalvor, poeta português (1891-1974), junto com Ronald de Carvalho, organizaram a revista Orpheu que desencadeou o Modernismo em Portugal.

c) Oswald de Andrade torna o jornal O Pirralho um veículo de apoio às tendências culturais emergentes.

1917

a) Mário de Andrade e Oswald de Andrade, em função das afinidades culturais, tornaram-se amigos.

b) Mário de Andrade publica sua primeira obra: Há uma gota de sangue em cada poema (poesia ainda parnasiana sobre a Primeira Guerra Mundial).

c) Guilherme de Almeida, ainda sob a égide parnasiana, publica sua primeira obra: Nós.

d) Manuel Bandeira publica sua primeira obra: A Cinza das Horas (poesia parnasiana).

e) Menotti del Picchia publica sua primeira obra: Juca Mulato (poesia nacionalista ainda nos moldes parnasianos).

f) Cassiano Ricardo lança o livro A Flauta de Pã (poesia parnasiana)

g) Anita Malfatti, depois de quatro anos de estudos na Alemanha e nos Estados Unidos, realiza sua segunda exposição: são 53 trabalhos entre pinturas, aquarelas, caricaturas, gravuras. A exposição provoca violenta discussão na imprensa, principalmente depois do artigo de Monteiro Lobato: Paranóia ou mistificação?, publicado no jornal O Estado de São Paulo.