O despotismo esclarecido representou uma forma de administração usada pelos monarcas no século XVIII. Era uma forma alternada para a desgastada Monarquia Absolutista em função do crescimento dos ideais iluministas.

Até ali, a crença maior apontava que o rei era uma escolha de Deus. Não havia nenhum tipo de questionamento e eles governavam de maneira absoluta e com centralização. Entretanto, com o século XVII passaram a surgir movimentações da filosofia iluminista em toda a Europa. Mais do que uma luta filosófica, tais ideias foram de cunho político, econômico, cultural e social. A razão era clamada por todos os teóricos que viam no teocentrismo um movimento ultrapassado, só suportado pela “escuridão” da Idade Média. Como a sociedade era notadamente dividida n aquele período, sabe-se que o Iluminismo foi fomentado pela classe burguesa.

Até mesmo alguns reis acabaram sofrendo influência do ideal iluminista e passaram a reformar algumas de suas gestões que trouxeram contribuições para o avanço dos países. Esses reis passaram a ser chamados de Déspotas Esclarecidos, ou ainda, Reis Absolutos Iluminados.

Déspotas esclarecidos

Alguns dos déspotas esclarecidos mais conhecidos são:

Catarina II da Rússia: com os pensamentos de Voltaire e D’Alembert, passou a limitar o poder da igreja, aceitou outros tipos de crenças religiosas e passou a construir espaços escolares. Com choques de modernização, passou a ter fortes mudanças em algumas cidades. Até mesmo convidou o filósofo iluminista Diderot para visitar a Rússia.

José II, da Áustria: mesmo não mantendo relações com os teóricos do Iluminismo, fez importantes mudanças com cunho Iluminista. Era católico, mas aboliu a tortura e a servidão. Começou a cobrar impostos da nobreza e do clero. Construiu escolas, hospitais e também alterou a legislação de modo que todas as crenças religiosas fossem permitidas.

Frederico II da Prússia: o rei mais “iluminista”, pois inclusive acolheu alguns representantes do movimento que foram perseguidos na França. Abolição das torturas, fundação de escolas, reformulação do sistema penal e permissão das crenças religiosas foram algumas de suas ações.

Marquês de Pombal: conde português, exerceu o ministério do do Rei D. José, de Portugal. Protagonizou a expulsão dos jesuítas portugueses e elaborou uma reforma educacional, econômica, social e militar, com vistas ao avanço do comércio colonial.

Mesmo com a observância das ideias do Iluminismo, os Déspotas não tiveram ações que prejudicassem o próprio sistema de governo da monarquia. Eles não eram contrários à Monarquia Absolutista.