As consequências do desmatamento
Por Mariana Sousa
O processo de desmatamento, também conhecido como desflorestação, chama atenção pelo fato de representar o “sumiço” das matas brasileiras em função das ações humanas. Depois de 514 anos que o Brasil foi descoberto por Pedro Álvares Cabral, será que o homem consegue ter noção de quantos impactos negativos causou a essas terras pertencentes aos indígenas? É o avanço do capitalismo que permite toda essa problemática ou falta consciência ambiental?
Que motivos levam a essa maciça destruição das matas? Os especialistas em assuntos relativos ao meio ambiente alertam que não há uma discussão, baseada na razão, para evitar esse tipo de problema. Segundo eles, apenas se alerta que o desmatamento pode causar sérios prejuízos a toda população. Dessa forma, não há um verdadeiro processo de conscientização. Assim, as decisões que deveriam ser tomadas em âmbito de legislação e de política acabam não vingando em todo o processo.
Quem provoca o desmatamento? A maioria das florestas é desmatada em função de três fatores: transformação dos espaços em solo para a agropecuária, avanço da indústria madeireira e movimentações no setor imobiliário.
Além da total falta de consciência ambiental, não existe no Brasil uma política de fiscalização efetiva para combater esses diversos abusos.
Resumo:
Principais consequências do desmatamento
É importante destacar, até mesmo para gerar uma maior racionalização do problema, as principais consequências do desmatamento. Confira abaixo:
Biodiversidade: todo o processo evolutivo dos seres que vivem nas matas levou bilhares de anos para se constituir. Com o desmatamento, há uma perda irreparável de variadas espécies.
Mananciais: as nascentes são elementos essenciais em um espaço ambiental. Com o processo de desmatamento, o homem leva perigo a um dos bens mais caros à espécie: a água. O processo de impermeabilização do solo oferece graves riscos a qualquer região.
Aterramentos: com o solo aberto, os processos de erosão surgem com cada vez mais intensidade. Todo esse solo é “levado” para rios e lagos, com a ação das chuvas e ventos. Tanto o volume dos lagos quanto a vazão dos rios acabam sendo comprometidos.
Chuvas: as derrubadas de florestas e matas alteram o clima das regiões e provocam mais casos de estiagem.
Umidade relativa do ar: o processo específico de transpiração das folhas interfere na regulação da umidade do ar e na temperatura dos ambientes. Com a destruição das matas, o ar fica seco, com temperaturas oscilantes e elevadas.
Efeito-estufa: as florestas são amplos reservatórios de carbono, que é um elemento “guardador” das estruturas orgânicas. Quando se queima uma floresta, praticamente todo o carbono acaba voltando para a atmosfera o que acarreta mais efeito estufa ao planeta.
Qualidade da água: erosões e lixiviações causadas pelo desmatamento também comprometem a qualidade da água, tornando-a em alguns casos até mesmo imprópria para consumo.
Desertos: o manejo inadequado do solo associado ao pós-desmatamento também tem gerado vários ambientes desérticos.
Do ponto de vista econômico também ocorrem graves prejuízos: redução do turismo e a transformação da paisagem em cidades anteriormente tão bem preservadas; reduções drásticas do ponto de vista hídrico; impactos no desenvolvimento de produtos farmacêuticos e grandes perdas para estudos genéticos.