1Você já deve ter ouvido falar sobre a força das marés vermelhas. E consegue compreender qual o papel desses movimentos das águas? Trata-se de fenômenos que ocorrem em diferentes mares do planeta e sempre caracterizados por aumentos exagerados de determinadas espécies de algas. Como será que acontece? Vamos saber agora!

Há um tipo de alga microscópica que acaba surgindo em maiores quantidades em diferentes mares ou lagos do globo. Esse tipo de alga é chamada de fitoplâncton e são constituintes de toda uma base das cadeias alimentares aquáticas. Existem fatores específicos, a exemplo da temperatura da água ou mesmo a quantidade de sais que influenciam no surgimento desse tipo de algo. Até mesmo a calmaria do mar ou a presença de alguns nutrientes vão ser elementos de transição para esse estado. A própria ação humana, no momento da destinação de alguns resíduos de forma inadequada, acaba influenciando na “chegada” assombrosa das algas.

Em processo excessivo de proliferação das algas, os especialistas chamam a mudança da maré de momento da “floração”. Na ocasião, diferentes substâncias tóxicas são liberadas no espaço, podendo levar à morte de animais, espécies mamíferas aquáticas e principalmente os peixes daquela região. Se o elemento humano consome essa água ou mesmo a utiliza para consumo animal, também podem ocorrer interações tóxicas.

Baía de Todos os Santos

2Em um oceano, o momento da floração é chamado de maré vermelha, justamente por conta das algas excessivas possuírem pigmentos marrons e avermelhados. Na lista das espécies, aquelas pertencentes à dinoflageladas são as que mais causam o fenômeno. É um tipo de alga unicelular com dois flagelos que vão auxiliar no processo de locomoção. São eles que permitirão os rodopios. Do ponto de vista de intoxicação, a dinoflagelada é uma das mais tóxicas. A influências das algas na maré vermelha vai além da morte de animais ou prejuízos ao homem. Até mesmo do ponto de vista econômico, pois elas acabam afastando os turistas que querem curtir seus momentos nas regiões litorâneas. Além disso, se o peixe e o molusco consumiram a água contaminada, automaticamente eles também estarão impróprios para consumo e o pescador que vive desse tipo de atividade econômica também amargará perdas.

Uma curiosidade bastante reveladora desse fato ocorreu aqui no Brasil, no ano de 2007, quando na região da Baía de Todos os Santos, foi observada uma forte maré vermelha que dizimou toneladas de mariscos e peixes. De acordo com os pesquisadores que analisaram o caso, a maré vermelha neste caso foi decorrente da intensa poluição no local, que invariavelmente terminou por ampliar a concentração das algas.