2O mundo animal funciona de forma muito particular. Um dos detalhes que mais chama a atenção acaba sendo o momento em que, para sobreviver, uma espécie ataca a outra. Os predadores são temidos até mesmo por quem não é o seu objeto de interesse. Nós, humanos, também reagimos de forma assustada às imagens que mostram momentos de ataque.

É absolutamente natural que os animais convivam em espaços predatórios e até mesmo de competição por espaço. De um jeito muito particular, cada espécie cria a sua estratégia de sobrevivência para que suas “crias” também aprendam a se virar sozinhas em um mundo tão selvagem. É o que os estudiosos também chamam de seleção natural. Cada espécie tem sua maneira de reagir a essa realidade. Hoje vamos falar de uma estratégia especifica criada por alguns animais: trata-se do aposematismo. É uma forma de “camuflagem” que auxilia na proteção de todo um grupo de animais. Quer um exemplo? Algumas borboletas do tipo monarca. Elas se valem das cores fortes na região das asas para assim chamarem atenção em uma grande beleza.

Quando o animal está enquadrado no aposematismo, ele organizará uma estratégia para que seu corpo também emita avisos, a partir das suas diferentes colorações. Elas podem ficar discretas ou mais berrantes à medida que o predador se aproxime. No caso da borboleta monarca, quando se está visível a sua força, as cores ficarão ainda mais fortes. É como se todas as defesas estivessem ligadas.

Diferentes formas de prevenir o ataque

Cada animal varia de estratégia quando o assunto é a prevenção dos ataques. Há casos em que até mesmo pode ser observado uma saliva não muito agradável na boca dos predadores. Outras espécies tratam de produzir líquidos venenosos para deixar a presa imobilizada. É o caso de alguns lagartos que mordem a presa, despejam o seu líquido nas jugulares e deixam que aquele animal fuja. Horas depois, esse mesmo animal que foi atacado morrerá. O lagarto vai, pelo cheiro, chegar até a região onde está o seu banquete. Voltando para o exemplo da borboleta monarca e sua relação com um pássaro. Quando ele tenta comer a borboleta, poderá sentir um terrível gosto na “carne” daquela linda espécie. Assim, não mais passará a procurá-la. Para descobrir como fugir, vai sempre lembrar da coloração da borboleta. Os cientistas explicam que os animais aposemáticos são propriamente especialistas em provocar vômito, mal-estar e até a morte rápida de quem tenta mexer com suas áreas.

Diferente dos que gostam da camuflagem

1É importante destacar a diferença entre animais que gostam da camuflagem e os aposemáticos. Os primeiros tentam se esconder. Já os últimos, querem ser vistos e reconhecidos por suas cores que causam medo e repulsa. Além da borboleta, temos anfíbios e insetos aposemáticos. É o caso das rãs, que vão secretar um boa quantidade de tóxico na região da pele. A coloração forte em uma rã é sinal claro da presença de veneno. O laranja, vermelho, preto e amarelo são as principais cores de aviso do perigo. Nesse caso, evite aproximação.