A endorfina é um dos neurotransmissores mais estudados nos últimos anos pelos neurocientistas. E muito desse interesse se deve ao fato de que esse neurotransmissor está intimamente ligado ao prazer do ser humano, especialmente quando esse pratica exercícios físicos, por exemplo.

Como uma das substancias químicas utilizadas pelos neurônios para a realização da comunicação entre partes do sistema nervoso, a endorfina tem despertado a curiosidade de muita gente, justamente por estar sendo relacionada às áreas do cérebro humano que produzem a sensação de prazer para o ser humano.

Descoberta em 1975 foi comprovada a existência de ao menos 20 tipos diferentes de endorfinas no sistema nervoso humano. Dessas, a que é considerada mais eficiente é a chamada beta-endorfina, e muito disso se deve ao fato de ela proporcionar ao cérebro aquele sentimento de euforia.

A endorfina está relacionada às atividades físicas e sexuais, pois é em resposta a esses atos que nosso organismo a produz. Isso se dá, pois nosso corpo necessita relaxar e ter prazer, para que haja uma sensação de bem-estar após essas práticas.

Há uma grande lista de efeitos positivos relacionados aos diferentes tipos de endorfinas, sendo os principais os seguintes: melhorias na memória, melhorias no humor, aumento da resistência física, maior disposição mental e física, melhora no funcionamento do sistema imunológico, bloqueio (defesa) de possíveis lesões nos vasos sanguíneos, efeitos de antienvelhecimento (ainda não totalmente observados) alívio de dores (especialmente musculares) e melhora da condição de concentração.

A sua produção se dá através de uma glândula chamada de hipófise.

Endorfina

Por causa de suas muitas ações benéficas dentro do organismo humano, os estudos em torno de seu funcionamento e em torno de sua composição estão sendo cada vez mais ampliados.

A cada ano que passa, mas avançamos em nossas pesquisas, e descobrimos cada vez mais os benefícios da endorfina (em todos os seus tipos), e passamos também a entender melhor seu funcionamento em nosso organismo.

Sabemos hoje, por exemplo, o porquê de que as pessoas que praticam algum tipo de atividade física sentirem sensações prazerosas. Isso se deve à ação da endorfina, que é liberada em doses altas na corrente sanguínea, fazendo com que a pessoa se sinta eufórica e mais disposta depois de realizar atividades físicas regularmente.

Pois se descobriu que isso não é coincidência e que a endorfina está totalmente ligada à essa e à outras reações que temos após algumas situações, como por exemplo a prática sexual. Hoje se sabe que durante o ato sexual, o organismo produz uma grande quantidade de endorfina, que ajuda a aumentar ainda mais a sensação de prazer que sentimos durante e após o ato sexual.

Há estudos recentes que observam que uma dose a mais de endorfina em uma pessoa que se encontra sob forte estresse, pode significar uma diminuição dos sintomas estressantes, fazendo com que a pessoa tenha uma sensação de maior tranquilidade e de bem-estar.

Como a endorfina proporciona sensações relacionadas ao prazer, há ainda dúvidas entre alguns pesquisadores sobre os efeitos em alguns organismos, já que muitas pessoas acabam se tornando praticantes compulsivas de exercícios físicos, e isso pode sim estar relacionado ao aumento da liberação de endorfina na corrente sanguínea.