6. Governo João Goulart (1961 a 1964)

João Goulart também conhecido como Jango deveria assumir a presidência do Brasil logo após a renúncia de Jânio Quadros, em agosto de 1961, mas alguns partidos políticos e militares se declararam em oposição à sua posse. 

Leonel Brizola, o então governador do Rio Grande do Sul, tomou a frente da Campanha da Legalidade, e juntamente com outros governadores decretavam-se favoráveis à posse de João Goulart. Receberam o apoio dos sindicatos, organizações estudantis e intelectuais, e de outros setores de opinião pública.

O Congresso Nacional, para evitar que eclodisse uma guerra civil, decidiu dar a posse à Jânio Quadros e estabelecer o sistema Parlamentarista, onde o presidente tinha o seu poder restringido, ou seja, ela poderia indicar o primeiro-ministro, e este escolhido iria indicar os outros ministros, não podendo o presidente interferir na escolha. Nessas condições, João Goulart tomou posse em 07 de setembro de 1961. E o primeiro ministro escolhido foi Tancredo Neves do Partido Social Democrata (PSD)

Para tentar ganhar a confiança dos grupos conservadores e militares, o governo de João Goulart foi marcado por princípios com compromisso com o processo democrático e que deveriam ser reconhecidos como anticomunistas. 

Em 1963, após um plebiscito ficou decidido o fim do Parlamentarismo e o retorno do Presidencialismo. 

O período presidencialista de Jango foi marcado pelas “reformas de base”, que visava ampliar a supremacia política e conquistar o povo. Jango acreditava que através desta plataforma a economia do país sairia da decadência e as desigualdades sociais seriam reduzidas.

Jango realizou um grande comício na Central do Brasil, proferindo a milhares de pessoas que com a introdução das reformas o país estaria livre da situação crítica. A partir desse comício, os opositores tiveram mais um motivo para incriminar Jango como comunista, e deram início a um movimento social anti Jango. Em São Paulo, foi organizada a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, apoiando os golpistas. 

Em março de 1964, as Forças Armadas juntamente com os governantes dos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul e Guanabara depuseram Jango da presidência.

Foi decretado vago o cargo da Presidência da República em 2 de abril, sendo assim, o presidente da Câmara, Ranieri Mazzilli, assumiu o poder. Uma semana depois, o Alto Comando Revolucionário editou o Ato Institucional Número 1, prevendo que o Congresso Nacional deveria eleger para presidência o Chefe do Estado-Maior do Exército, sendo assim, o general Humberto de Alencar Castelo Branco subiu ao poder em 15 de abril de 1964.