A primeira influência importante dos beija-flores no equilíbrio biológico da natureza se relaciona com a sua função de agentes polinizadores de um grande número de espécies botânicas das florestas, cerrados, caatingas, campos e scrubs. Há espécies botânicas que são polinizadas unicamente por certos beija-flores e, por isto, se dizem plantas troquilógamas. Estão neste caso muitas Campanuláceas, Esterculiáceas e Bromeliáceas e outras.

(…) A polinização pelos beija-flores pode ocorrer com a interferência do bico, da língua, da cabeça, das asas, do peito, da cauda ou do abdome. Outro papel de relevo que desempenham na natureza está relacionado com sua predileção alimentar protéica, quando constituída de dípteros dos gêneros Culex, Anopheles e Simulum, pois, os primeiros são mosquitos transmissores da filariose, os segundos, da febre amarela e da malária, e os últimos, da oncocercose, também denominada cegueira dos rios, cujo vetor é o borrachudo. (…)

Alimentação 

Os beija-flores alimentam-se, em sua maior parte, de carboidratos. A proporção é superior a 95%. Retiram-nos do néctar das flores e muitas vezes juntamente tomam certa porção de pólen, além de proteínas, que, como ficou dito, buscam nos insetos que capturam, quer nas flores, quer diretamente no ar (…). Alguns ingerem por dia até 30 vezes seu peso em alimentos; outros, 6 a 8 vezes. (…)

Longevidade e migração 

O beija-flor em natureza sobrevive entre 5 e 8 anos, enquanto em cativeiro certas espécies podem viver até 16 anos. A razão está em que normalmente em vida livre, após o quinto ano, muitas espécies se tornam mais lentas e são mais facilmente capturadas por seus predadores, como as cobras, o caburé-do-sol, certos marimbondos, alguns camaleões e ainda aranhas-caranguejeiras da mata. (…)