As moréias são peixes teleósteos, angüiliformes, da família dos murenídeos (Muraenidae), tendo como uma des suas principais características o corpo longo e cilíndrico. 

Apesar de sua aparência de cobra, a moréia é um peixe e faz parte do mesmo grupo que a enguia. As maiores e mais coloridas são as dos recifes de coral, que atingem a 3,5 m de comprimento. 

A moréia vive sózinha e tem hábitos noturnos. Quando cai a noite, parte em busca de suas presas favoritas (crustáceos, peixes, polvos). Durante o dia fica escondida dentro de um buraco nos recifes ou debaixo das rochas, com a cabeça para fora e com a boca aberta. Assim seus dentes afiados ficam bem visíveis, o que lhe dá este aspecto assustador. Ela pode causar ferimentos graves nos mergulhadores se for incomodada ou se confundir seus dedos com os tentáculos do polvo. Felizmente a moréia não é agressiva – é até um pouco tímida- e esse tipo de acidente é raro.

Há cerca de 200 espécies distribuídas por 15 géneros, das quais a maior mede 4 metros de comprimento. As moreias habitam cavidades rochosas e são animais carnívoros, que caçam com base num sentido de olfacto apurado. Não têm escamas e, para protecção,algumas espécies segregam da pele um muco que contém toxinas. A maior parte das moreias não tem barbatanas peitorais e pélvicas. A sua pele tem padrões elaborados que servem como camuflagem. 

As moreias recebem o nome de Caramuru do povo indígena brasileiro Tupinambá e foi a alcunha dada por este povo ao português Diogo Álvares Correia, náufrago que viveu sua vida em meio a estes índios. 

Em Portugal, as moreias são pescadas para alimentação.