No ano de 1972, foi realizada a importante Conferência de Estocolmo. Esse evento teve o fundamental objetivo de estabelecer estratégias, a fim de tentar reavivar a consciência da sociedade, para que a relação do homem com o meio ambiente ficasse mais equilibrada e justa. Assim, seria possível atender as necessidades dos povos mundiais no presente, sem que isso comprometesse a sobrevivência das gerações futuras e do planeta, como um todo.

Essa conferência, que foi realizada pela Organização das Nações Unidas – ONU – teve lugar na cidade de Estocolmo, capital da Suécia. A importância desse encontro é enorme, porque simboliza um primeiro esforço no sentido de tentar preservar o meio ambiente, em nível planetário.

Nos anos 1970, era comum pensar que os recursos naturais seriam constantemente renováveis e o meio ambiente era uma fonte inesgotável de matérias-primas e alimento, sendo que a relação do homem com a natureza desigual. Ou seja, por um lado, os homens com todos os seus desejos de consumo; por outro, a natureza, de forma muito exuberante, pronta para satisfazer os desejos, de forma total e completa.

Evidentemente, essa “conta não fechou”, assim, o homem  teve uma ganância sem limites e o meio ambiente começou a dar sinais claros de esgotamento e daí vieram fator complicados para a atualidade, como as mudanças climáticas e os refugiados ambientais.

Conferência de Estocolmo – 1972

A Conferência de Estocolmo, assim, começou a transformar essa mentalidade, começando a observar, mais cautelosamente, questões como o açoreamento de rios, ilhas de calor, inversão térmica, secas, entre outros; o que começou a causar um alerta mundial.

Assim, a ONU lançou, na sequência, a Primeira Conferência Mundial sobre o Homem e o Meio Ambiente. Muitos países se posicionaram de maneiras distintas, com o desenrolar desse quadro. Por exemplo, os Estados Unidos da América revelaram profunda preocupação com a situação e logo se comprometaram a reduzir suas atividades industriais, para aliviar o peso sobre o meio ambiente, mediante uma clara redução da poluição da natureza.  Os EUA lançaram mão, então, da importância de seu Instituto de Tecnologia de Massachussetts – MIT – o qual passou a se empenhar em fazer grandiosos estudos sobre o clima e o desenvolvimento humano.

Diversos países subdesenvolvidos declararam-se insatisfeitos com a posição norte-americana, sentindo-se desprestigiados por essa “equação” que, em tese, beneficiaria os países desenvolvidos, que teriam como diminuir sua marcha de produção, o que não alteraria sua liderança mundial. As nações mais atrasadas economicamente, alegavam que se, elas próprias, reduzissem a velocidade de seu crescimento, suas perdas seriam enormes e as desigualdades entre os países se ampliaria, cada vez mais.

A Conferência de Estocolmo atraiu mais de quatro centenas de instituições de diferentes governos, bem como Organizações Não-Governamentais – ONGs. Diversos assuntos foram tratados – e questões críticas e urgentes reveladas – nesse encontro pioneiro, que teve a participação de um total de 113 nações do globo.

Outra importância do encontro foi a iniciativa de exercer maior controle de uso de recursos naturais pelo ser humano. Lembrando sempre que, grande parte dos mesmos, além de não se renovarem – como se acreditava, até então – são capazes de provocar uma espécie de “vazio” na natureza, o que leva a desequilíbrios de consequências catastróficas, cujas consequências podem ser mais sentidas hoje, mais de 4 décadas após a Conferência.