Químico francês nascido em Paris, inventor do primeiro forno elétrico de arco, o forno de Moissan (1892), uma câmara de calor capaz de alcançar temperaturas de 4100°C e permitindo reduzir os minerais de certos metais, como o urânio, cromo, tungstênio, vanádio, manganês, titânio e molibdênmio, e ganhador do Prêmio Nobel de Química (1906). Estudou no Colégio de Meaux, no Instituto de Agronomia de Paris e no Instituto de Toxicología e trabalhou no Muséum d’Histoire Naturelle e nos laboratórios de Edmond Frémy, na École de Pharmacie de Paris. Foi professor de toxicologia na École de Pharmacie de Paris (1879-1886) e de química inorgânica na Sorbonne, a Universidade de Paris (1900). 

Seus primeiros estudos foram com química biológica, mas depois dedicou-se à química inorgânica. Entre suas contribuições científicas mais notáveis foi preparar pela primeira vez flúor, na forma de um gás amarelo esverdeado, por eletrólise, a partir de uma solução de fluoreto de potássio e ácido fluorídrico, usando elétrodos de uma liga de platina-irídio (1886). A existência do flúor era conhecida, porém todos os intentos de obtê-lo haviam fracassado, inclusive com acidentes fatais para alguns pesquisadores em conseqüência das experiências para a sua obtenção. Determinou as propriedades do flúor e, com James Dewar, conseguiu liquefazê-lo e solidificá-lo.

Usou seu forno para preparar os carbonetos de cálcio, silício e tungstênio e preparou pela primeira vez diamantes artificiais (1896). Depois de entrar para a Academie des Sciences (1891), descobriu o carborundum e demonstrou seu método de preparação de pequenos diamantes artificiais a partir carbono dissolvido em ferro fundido, em laboratório (1893), de grande repercussão naqueles tempos. Morreu repentinamente em Paris (1907), pouco depois do seu retorno de Estocolmo, após receber o Prêmio Nobel de Química por isolar o flúor e desenvolver seu forno.