(1900 – 1958)
Físico austríaco nascido em Viena, naturalizado americano (1946), que desenvolveu pesquisas que levaram à descoberta do neutrino e à teoria quântica dos campos e considerado o mais brilhante físico teórico do século XX. Seu pai, também chamado Wolfgang, foi um ilustre sábio e professor de química na Universidade de Viena. Considerado um gênio matemático, foi capaz de compreender teoria geral da relatividade de Einstein, um trabalho que lhe inspirou a fascinação pela física teórica. Na Universidade de Munique, na Alemanha, estudou com Arnold Sommerfeld, seu primeiro professor de física teórica. Após receber seu grau de doutor (1921), apresentando a teoria quântica do átomo, uma revolucionária teoria de que átomos não eram compostos de matéria sólida e, sim, pacotes de energia constituídos por um núcleo e elétrons orbitantes, foi nomeado professor da Universidade de Hamburgo (1923), onde continuou suas pesquisas. Propôs (1924) que um quarto número quântico, com os valores +1/2 ou -1/2, era necessário para especificar os estados de energia do elétron. Verificando que os dois valores representavam as duas direções possíveis para o spin dos férmions, expôs, então seu princípio de exclusão, segundo o qual, num átomo, dois elétrons não podem ter a mesma energia (1925), introduzindo seu Princípio de exclusão, base da interpretação da valência e da impenetrabilidade da matéria. Nomeado professor do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique, Suíça (1928), transformou-o num grande centro de pesquisa. Ante a iminência da segunda guerra mundial, emigrou para os Estados Unidos (1939), onde lecionou física teórica nas universidades de Princeton, Michigan e Purdue (1940-1946). Ganhou o Prêmio Nobel de Física (1945) pelo descobrimento do Princípio de exclusão de Pauli, sobre fissão atômica, enunciado vinte anos antes, e no ano seguinte, naturalizou-se americano, mas voltou para Zurique, onde ficou até sua morte.