Rei assírio provavelmente nascido em Nínive, que transformou a capital do império em centro político e cultural da Mesopotâmia. Filho de Sargão II, herdou um império do pai (705 a. C.) que se estendia da Babilônia ao sul da Palestina e seguia até a Anatólia. Guerreiro e diplomata de sucesso e administrador eficiente, ao se tornar rei enfrentou e sufocou insurreições dos povos caldeus e arameus da Babilônia, que recebiam apoio do Elam, no sudoeste do atual Irã.

Na rebelião na Palestina (701 a. C.), que contou com apoio do Egito, capturou todas as cidades rebeldes, com exceção de Jerusalém, a qual, embora sitiada, foi poupada mediante o pagamento de alta indenização. Descrito no Antigo Testamento como instrumento de Deus (2Rs 20:12-18; Is 39:1-7), que guiou seu exército contra seu próprio povo a fim de puni-lo pela idolatria. Com o arrependimento do povo, no entanto, enviou um anjo exterminador que massacrou as tropas assírias perto de Jerusalém. Esse relato encontra apoio no do historiador Heródoto, que descreveu como a expedição assíria a caminho do Egito foi dizimada por ratos.

O que provavelmente foi que o contingente teria sido de fato destruído por uma peste. Foco de contínuas rebeliões, venceu o exército elamita (691 a. C.) e tomou e saqueou a Babilônia (689 a. C.), a qual, a partir de então, passou a ser governada pelas leis assírias. Reergueu a antiga cidade de Nínive, que transformou em capital do império. Fez construir palácios, avenidas e jardins, além de garantir a segurança com a construção de 13 km de muralhas em torno da cidade. Também implantou um sistema de irrigação e construiu canais e aquedutos. Há registros de que morreu assassinado por seus filhos Adramelec e Sarasar, provavelmente em Nínive.