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Ruth Benedict nasceu em Nova Iorque, em 1887 e foi uma antropóloga americana. Concluiu os estudos iniciais no Vassar College em 1909. Em seguida, começou a graduar-se na Universidade de Columbia e finalizou suas pesquisas de graduanda em 1919. Fez parcerias com Franz Boas e tornou-se PhD.

No ano de 1923, passou a ser membro da Universidade de Columbia. Nesse intervalo, passou a manter um relacionamento amoroso com Margaret Mead. Marvin Opler foi um de seus colegas e Ruth também era querida por muitos alunos. Franz Boas, professor e orientador, também conhecido como o pai da antropologia americana, era muito próximo de Ruth e teve muita influência na obra de Ruth Fulton Benedict.

A publicação “Raça, Linguagem e Cultura”, um importante manifesto anti-racista, chamou a atenção do espaço acadêmico naquele período. Ruth mostrou que raça, linguagem e cultura são aspectos diferentes e independentes. Foi essa concepção que iniciou a ideia de que não existe raça inferior. A cultura de cada povo deve ser levada em consideração.

Já no livro lançado em 1934, conhecido como Padrões de Cultura, acabou sendo traduzido por outros quatorze idiomas, com várias edições sendo publicadas e leituras introdutórias para os cursos de antropologia em diferentes universidades dos Estados Unidos. Para Margaret Mead, esse livro aponta “a visão que ela teve das culturas humanas como ‘grande regulamento de personalidade’ ”. Benedict defendia a ideia de que é preciso selecionar “grande gama das potencialidades humanas”. Ela também acredita que poucas características passaram a ser levadas em consideração como forma de cultura.

Cultura e personalidade

Ruth entendeu que era preciso enfatizar a restrição em diferentes povos, com suas respectivas culturas. Desprender-se de culturas nativas era uma forma de compreender melhor os diferentes aspectos culturais. Ela deu o exemplo da Grécia Antiga, quando as adorações a Apolo destacavam a calma como importante elemento de celebração. Tal traço também era observado em povos das Américas. Daí surgiu o conceito de que cada cultura tinha uma personalidade estimulada por seus cidadãos.

Benedict, na obra “Padrões de Cultura”, conseguiu expressar suas confianças no relativismo da seara cultural. Suas pretensões conseguiram demonstrar que cada povo tem uma cultura com imperativo moral que deve ser entendido como um todo. Também imaginou que não é possível desprezar aquilo que não é da nossa cultura, com julgamentos apressados ou superficiais. Não se deve avaliar apenas pela nossa referência, pois a moralidade pode ser relativizada.