Poeta, romancista, dramaturgo e ensaísta francês nascido em Bazoches-en-Houlmes, Orne, Normandie, um dos principais expoentes do simbolismo, defensor da tese de que a crítica deve basear-se somente em princípios estéticos, desprezando os valores éticos. Sua mãe, Marie de Montfort, era descendente do poeta François de Malherbe (1555-1628).

Após ser educado no lycée de Countances (1868-1876), estudou direito em Caen e foi para Paris (1883) para trabalhar na Biblioteca Nacional de Paris e onde foi um dos fundadores, juntamente com Alfred Vallette, Jules Renard e Louis Dumur, da importante publicação Le Mercure de France (1890). Acusado de comportamento antipatriótico, foi demitido (1891) após publicar o artigo Le joujou patriotisme, no Mercure de France, revista onde defendeu a corrente simbolista. Como crítico promoveu a divulgação do simbolismo francês e influenciou poetas como T. S. Eliot e Ezra Pound e teve o mérito de salientar a importância de autores como Villiers de l’Isle Adam, Huysmans, Mallarmé e Nietzsche, quando suas obras eram ainda pouco conhecidas.

Como ensaísta produziu uma obra de interesses filológicos, estéticos, filosóficos e literários, como em Épilogues, réflexions sur la vie (1895-1913), Les Chevaux de Diomède (1897), L’Esthétique de la langue française (1899), , Le Songe d’une femme (1899), Promenades littéraires (1904-1927), Promenades philosophiques (1905-1909) e La Culture des idées (1900) e Un cœur virginal (1907).

Foi também autor de peças, poemas simbolistas e romances, como Sixtine (1890), L’Pèlerin du silence (1896), D’un pays lointain (1898), Oraisons mauvaises, (1900), Simone (1901) e Physique de l’amour (1903). Também publicou Le Latin mystique (1892), uma história da poesia religiosa medieval em latim, e morreu em Paris.